terça-feira, 12 de novembro de 2013

Duas obras fantásticas!!


"O assassinato e outras histórias" de Anton Tchgekhov, foi criticado por Tolstoi mas não deixa de mostrar mazelas humanas com uma simplicidade espetacular.

"Contos clássicos de vampiro - Byron, Stoker e outros" tradução de Marta Chiarelli, indica na introdução o caminho percorrido por este ícone do terror, que há muitos séculos vem se formando e passando a assumir peculiaridades no seu jeito de ser, através de convenções aceitas por vários escritores mas que chega com boas transformações no  que temos hoje de vampirado contemporâneo...

Boa Leitura!!

sábado, 2 de novembro de 2013

Anjos...




Era uma tarde ensolarada e de fim de campeonato, o estádio, lotado!!!! Nas entradas, as filas se confundiam com a multidão, e o povo se exprimia na tentativa de conseguir seu lugar não ao sol, mas no palco que se armava.
Tomé nunca tinha levado seu filho ao jogo, e muito menos chegado tão cedo, mas dessa vez era especial, o garoto aprenderia sobre o amor ao time, ao fantástico, ao âmago do instinto de grupo. Sendo assim, os dois já estavam sentadinhos em suas poltronas, quando o pequeno Lázaro olha para os refletores, e apesar destes estarem longe, pareciam gigantes e sobre eles estava um pássaro enorme, que o menino nunca havia observado.
Espantado o menino tenta chamar a atenção do pai, mas este sem lhe dar ouvidos continua a gritar enlouquecidamente. Sobre os refletores, Briel contempla os tais humanos, como ele gostava de dizer, a se amontoarem como gado para o abate, de repente pousa ao seu lado Guegue, e diz:
- Briel, mandaram me aqui para lhe servir, posso saber minhas ordens??
- Você é um capacho esperto Guegue, se faz de coitado mas sei bem suas intenções!!
- Quero apenas servi - lo senhor!!
- Pois bem!!Você trouxe sua arma eu espero, repare bem estes símios imbecis, como posso servir por toda a minha existência ao Nosso Senhor, enquanto Ele ama estes animais, e nos trata como empregadinhos!!!
Guegue olhando para a multidão, pensa por um instante e pergunta:
- O senhor não tem medo de pronunciar essas palavras, afinal Tanás e os companheiros dele receberam uma paga alta pelos questionamentos que fez...
- Ainda que não fale, Nosso Senhor sabe muito bem o que pensamos, e não serie idiota de desafiá - lo sem estar preparado. Sei muito bem a força que enfrentaria, enquanto isso espero o momento certo, eu sei que existe uma brecha nesse universo, e quando encontrá -la você verá o que são questionamentos. Chega de perca de tempo, espero que tenha entregue ao Tanás, o pedido para encontrar entre os tais humanos, bons corruptos que terminassem a construção deste lugar em que os símios estão apinhados, afinal não podemos exterminá - los com nossas próprias mãos, o que seria um prazer...
- Sim senhor, fiz o pedido e me disseram que encontraram um grupo de políticos e homens de negócios que ao saberem da possibilidade de ganho fácil, logo providenciaram um jeito de utilizarem um material sem qualidade no término da construção do estádio.
Numa cobertura longe de onde o jogo começaria, alguns homens vestidos com roupa de grife, rodeados de acompanhantes e bebidas, brindavam o sucesso da construção do estádio com material vagabundo e superfaturado, sem falar no engenheiro laranja que encontraram pra assinar o projeto. O telão era tecnologia de ponta, assim como o sarcasmo dos colarinhos brancos ao assistirem a multidão lotando o local do jogo.
Enquanto isso, Marta mãe de Lázaro, em outro extremo da cidade andava de um lado pro outro, ansiosa pra saber se Tomé e Lázaro estavam bem, decidiu acomodar se frente a tv e assistir o jogo e esperá los, pois apesar do nervosismo ela sabia que aquele momento seria inesquecível para o filho.

Continua...