quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A prostituta de uma vida!!!


Numa encruzilhada, onde uma rodovia dividia alguns bairros, encontrava -se um bar chamado "Araras", pois a cidade era conhecida pelos animais silvestres daquela região, três amigos terminavam a caminhada da noite, Renato, Juca e Raymundo, nenhum ficou bêbado durante a balada, e Juca resolveu que ao invés de voltarem pra casa com aquela sensação de quero mais, convidaria os dois a darem continuidade ao passeio. Uma leve brisa do fim da madrugada e um alaranjado magnífico que invadia a frente do bar, eles ficaram babando na beleza do sol que por coincidência se encaixava no pequeno horizonte da rodovia entre as casas. 
- É o seguinte, vamo compra cerveja, gelo, alguma coisa pra come e vamo pro três barras...
- A água vai tá gelada Juca!!! Mas pensando bem, aqui perto não tem nenhum lugar pra comprar essas coisas, vamo te que acha uma "conveniência" lá no centro, até lá o sol esquenta.
- Raymundo, se tem uma grana pra me emprestar? Se tive beleza, se não vo pra casa...
- Vai si fude Renato!!!! Dexa de se fresco, se ele não tivé, eu te empresto...
Voyage, era o nome do carro do Juca, de um azul metálico clarinho, não estava na moda, mas era sugestivo pro momento, o pai dele amava o carrinho, eram as primeiras vezes que Juca experimentava a boemia, foi sempre CDF e ninguém viu o cara pegando uma garota que fosse, estatura média e não muito privilegiado muscularmente, estava sempre acima do peso e não praticava esporte nenhum, a não ser xadrez. Os pais do Juca eram conservadores, daqueles que frequentavam a igreja todo fim de semana, mas aceitavam a aproximação de alguns amigos estranhos como Renato e Raymundo.
Renato perdeu o pai quando ainda era criança e nunca se deu muito bem com a mãe, aos doze e treze anos morou fora de casa, e ao voltar quis liberdade, ou melhor, já tinha começado a beber, fumar e não era só cigarro, acabou com fama de ovelha negra durante uns anos na família, apesar disso, também era CDF, e curtia muitos esportes como natação, vôlei, basquete, arte marcial ahh!! ele se divertiu em várias modalidades, entrou rápido na faculdade, diferente de Juca que decidiu trabalhar numa oficina de caminhões e parar de estudar por um tempo. Raymundo, é mais velho dos três, fugiu de uma escola religiosa onde sofreu abusos sexuais, ele e um amigo fugiram de carona mas pagando lá o preço!!!Educou-se num prostíbulo onde a dona da casa lhe pagou um curso de enfermagem, decidiu continuar estudando e formou-se médico, nunca contava suas histórias, a não ser uma vez bem triste e já embriagado deixou escapulir algumas memórias, era vistoso e elegante, tinha um e oitenta de altura, era bem calado.



Continua...

Deu pane...



Queria escrever...
Não sei o que falar, como ter boas ideias??
Deu pane, pareço minha esposa com seu tcc.
O que vivi, viverei, ou o que quero viver???

Éhh, talvez me dê uma luz...
Transporta - me do trabalho, do cansaço
Dos jornais que gritam as mortes,
Dos programas sensacionalistas pra camundongos.

Putz, aquele banho de rio, o beijo roubado indo pra escola.
O primeiro toque no sexo alheio, "debaixo de uma mesa",
A surra homérica e sem sentido.
O primeiro trabalho, que hoje seria escravo...

O primeiro chocolate roubado,
"Nossa", e aquele baseado,
O pulo do portão da escola e
O pseudo encontro com deus...

Transformações que vieram,
E que se farão pelo caminho.
Caminho chamado vida,
será que não tenho mesmo sobre o que escrever???

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Terminei Correspondência inesperada!!!!!



Obrigado, caso alguém esperou o fim de Correspondência Inesperada, está aí...

"Eu, tu, eles, Tempo...!!!"


Me falaram sobre duendes e seu chefe...
Teve as bruxas e fogueiras
Sem esquecer dos bonzinhos que torturavam!!

Imagine, Renascença, iluminar
Decapitar e instaurar, civilidade e ares de bondade!!!
Burgos, pobres, horas e  Tempo.

Crianças sem braços, mulheres entre máquinas
Aí vem o progresso, e a mão tesa!!
Miseráveis e sofrimento viu Madre Teresa!!!

Levante estressado, cansado...
Chute e xingue seu semelhante!!!
No ônibus cheio, no metrô lotado...

Querem nossa alma, nossa existência
E bradam com alegria!!!Conformem -se ...
Acredite num paradigma de "salve a natureza,

De lutar por novas tecnologias".
Não vejo ruga e nem artrite no Tempo,
Muito menos seus direitos previdenciários,

Serem negados!!!
Já o viu deitado na calçada com farrapos
E embriagado pela frustração

De não ser consumidor ????
Pra tu, eles, e nós é que resta a dor
Como sair deste torpor???

O Tempo não passa...
Nós é que morremos...
Medida idiota de manipulação...!!!

Sim!!!Um dia eu e você...
Estaremos sete palmos no chão
E o Tempo com os burgos a gargalhar!!!!!!!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Que falta faz...


Que falta faz aquela conversa de fim de tarde...
Ou aquele silêncio contemplativo, envolto pelo som do mar...
Breja vagabunda ou de qualidade, tanto fazia...
Conversas desde mecânica quântica à big brother...
Fazer o quê?
1984 de George Orwell nos faz suportar algumas porcarias.
Na beira do rio, o silêncio novamente,
os pássaros, uma gaivota em especial
e que não era a do Fernão Capelo,
caranguejo comendo peixe, as correntes do mar e rio, contrárias
e em harmonia...
Putz, que sublimação de qualquer ideologia...
Sentados a contemplar, sem nenhum palavreado idiota,
já sentíamos, sim ... Já sentíamos falta...


A exclamação deste teclado está estragado...

Que inde"cisão"...


Umas religiões dizem que nascemos no pecado, no vício...
Uns metidos a intelectuais dizem que precisamos de iluminação através da razão...
Outros que precisamos domar nossas vontades e desejos...
Que indecisão, somos compartimentalizados em gavetinhas que tentam explicar a humanidade
Que barbaridade, separação, incompreensão e uma puta pretensão...
No fim, penso que o louvor, o desejo e o intelecto ficam no cio mesmo é pela cisão...

Continuação...


Provavelmente termino Correspondência Inesperada hoje à noite...um grande abç aos que visitam este espaço...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"A diversidade" do dia!!!!



Mudei o horário de levantar...
Peguei a capa de chuva, será que a gasolina vai dar??
Pensei na acadêmia, putz, que correria...
Café, e bolacha de água e sal...
Retoquei o creme do rosto.

Rasgo papel e atendo pessoas...
Rasgo papel e atendo pessoas...
Elogiei um cabelo, fui elogiado pelo atendimento...
Telefone tocando, pessoas falando, deixei alguém esperando
Não rague papel, receba mercadoria...

Que porcaria...perderam a chave...
Não tenho exclamação, o teclado tá estragado...
Quase discuti no celular...
Um almoção, "Miojão a lá linguão"...
Pernilongos desgraçados...

Ohh...de novo, sem exclamação...
Que bom, saiu o café...
Só faltam duas horas...

domingo, 27 de janeiro de 2013

viagens temporais ou atemporais?


É, enquanto as palavras curtem a fuga, estou quase no Xingu com o padre Fernando,  mas neste instante espero Nando terminar de transar com a secretária de um ministro aí, principalmente depois de uma noite de balada com uísque e lança perfume. Queremos chegar o mais rápido possível pra aquelas bandas, pro Quarup, que é uma comemoração indígena pelo que percebi no livro de Antonio Calado e que tem o nome da festa, e enquanto espero, caminho com Graciliano por uma nova prisão, onde segundo ele, desejam lhe transformar em uma nova espécie de gado (livro Memórias do Cárcere,"Graciliano Ramos"), mas como é fétido e escuro, prefiro sentar no sofá de casa e curtir uma melancolia pelo senhor e senhora Bovary, pois ele fôra traído, e ela acaba de ser deixada pelo amante e delira em seu quarto agoniada, e quando minhas palavras voltarem saio do mundo alheio e volto a construir o meu... 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

As palavras fugiram



Corre corre no trabalho, dificuldade pra administrar relacionamentos, por mais que eu deseje as palavras fugiram. Pai, mãe, filho, filha, esposo, esposa, agregados e por ai vai... Mentes e linguagens tão diferentes, às vezes gostaria que fosse mais fácil, mas, talvez perderia a graça da procura pelo melhor momento e das palavras ideais para nos aproximarmos e também nos afastarmos.
Como eternizar um momento sem que o destruamos?? Ser manso e firme sem magoarmos?Como delimitar o espaço relacional sem os conflitos e crises, não faço a mínima ideia, mas me consolo por lembrar que Leonardo Boff em um de seus livros diz que crise, pode ser entendida como purificação... É, com essa roupagem parece mais fácil de aceitar o fato "crises", mas não torna a palavra amena.   
Parece que esqueceram de nos entregar o manual ou a bula da vida, mas não dá nada, vamos nos construir na caminhada, e parafraseando Gaston Bachelard, "não deixando de visitar os recônditos de nosso interior", e vez ou outra conseguir mobílias novas, usadas, que se foda a mobília, às vezes estaremos vazios, pois as palavras fugiram... 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mais um pouco da Correspondência Inesperada na área, obrigado pela visita...!!!

Maldito Tic - Tac



Meu corpo lateja...
O tic - tac do relógio não para...
Gostaria de adiantar as horas...
Beijar minha esposa...
Abraçar minha filha ...
Caminhar na praia...
Que agonia ver sua vida escorrer,
nas mãos, daqueles que enriquecem
e desfrutam a existência na base
do desprezo alheio...
Temos que encontrar maneiras
de boicotar essa sobrevivência massacrante...
Resignar - se??? Nunca...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Correspondência Inesperada "parte é real"



Cintia, era uma professora substituta em um projeto que atendia crianças carentes num bairro afastado do centro, algumas vinham da área rural. Era um trabalho que oferecia dança, oficinas de artesanato, noções de cidadania - apesar da oficineira de cidadania achar tudo aquilo uma mascaração da má vontade política local  
e do desvio de verbas -, aulas de computação, sem falar dos lanches michos que ofereciam e que muitas crianças amavam, pois era uma das poucas refeições do dia, isso quando não era a única.
Nas últimas substituições, a professora  percebeu uma garotinha amuada e que não conversava com ninguém, os outros professores disseram não perceber nada de errado com Beatriz, mas a substituta não se conformou e logo conquistou a confiança da pequena, na intenção de saber o que havia por trás daquele comportamento triste e apagado. 
Era um dia chuvoso quando, Cintia, resolveu entender o que acontecia, aproveitou que havia poucos alunos e passou umas atividades enquanto Bia, estava debruçada na carteira olhando a chuva que caia tempestuosamente. Beatriz não era loira, não tinha cabelos lisos e era linda, mas a tristeza era percebida em cada traço e detalhe daquele rosto ingênuo, a professora tranquilamente caminhou até onde ela estava e ao tocar no seu ombro o susto foi inevitável pras duas, -Eu gostaria de falar com você Bia!!
-Prof, eu não quero conversar!!
-Linda, eu to preocupada com você, tenho visto você sempre longe de todo mundo, não conversa, se esconde quando pode, e procurei me aproximar pra ta ajudar mas não sei mas o que fazer, você pode me ajudar??
- A gente tem que conversar longe daqui e de todo mundo!!??? disse Bia.
- Mas por quê?
- Tenho vergonha, e talvez a senhora fique com nojo de mim...
- Não Bia, jamais... disse Cintia.
A pequena morava em uma casa afastada, na área rural com seu pai e um irmão mais velho, sua mãe havia morrido há pouco tempo, logo depois de uma discussão com o pai no quarto da casa, a ambulância foi buscá la e depois disso nunca mais a viu, pois não quis ir ao velório. Após o acontecido um garoto das redondezas a procurou e lhe entregou uma flor desidratada dentro de um envelope com um bilhete dizendo que seu pai havia sido assassinado e que entendia o que ela sentia, depois disso ficaram amigos. Jonas ia até a frente da casa de Bia geralmente no entardecer antes do pai dela chegar, com uma maçã ou outra fruta pra
agradá - la, caminhavam próximos à uma plantação de arroz conversando sobre o que fariam quando fossem morar na cidade.
-Bia, eu me preocupo com você, sei que sua mãe faleceu e que mora com seu pai e um irmão mais velho!!
- É verdade! disse Bia.
- Quando sairmos da aula eu te dou carona e poderemos conversar tranquilas o que você acha???
- Só nós duas????!!!
- Sim!!!!
O esposo de Cintia, trabalhou durante um bom tempo como motoqueiro de entregas e conhecia muito bem a cidade e arredores, mas estava desempregado, algumas vezes conversava com um amigo de entrega de correspondências e sonhava em passar num concurso e trabalhar ao lado do colega, era estudioso, bom marido, companheiro nos trabalhos domésticos, criativo em quebrar rotina com a esposa, de certa forma era o cara ideal. No dia em que sua esposa conversou com Beatriz, ele ficou um tanto incomodado pela demora, e de repente, ela surge chorando e entra no banheiro sem dizer uma palavra, demora no banho e sai como se sua alma estivesse imunda, não quis comer e nem que ele a tocasse.
No outro dia no café da manhã, ela com olhar triste decide contar o que havia acontecido no projeto, engasgou várias vezes antes de realmente conseguir dizer uma frase inteira.
- Gil, eu não estou bem, acho que você percebeu...
- Percebi, to preocupado, mas cada coisa a seu tempo...
- Lembra que fui fazer uns exames dias atrás??
- É você me disse, e ta aumentando minha agonia, desenrola, fala logo!!!
- Tô gravida, mas de repente  penso se vale à pena termos o bebê!!!!
- Tô berando o desespero, por favor!!Pode me dizer o que realmente tá te incomodando??? Sempre quis ser pai e não acredito que ta com medo por minha causa...
- Não é por sua causa amor, mas não confio mais no que dizemos ser. O que é ser humano, ser pai, ser mãe??
- Putz!!!! Tô perdido com essa conversa, me diz logo o que ta acontecendo...
Cintia começa a chorar e entre uma pausa e outra, diz pro esposo que não entendia como os outros professores ficaram indiferentes àquela garota, ou se tiveram medo do envolvimento, e que ao conversar com ela descobriu algo cruel e massacrante. Beatriz recebeu uma fruta como de costume de seu amigo, mas naquele dia a conversa foi tão empolgante que não se deram conta do horário e ao chegarem no portão da casa dela, lá estava o pai com um olhar de ódio, e sem palavra alguma investiu sobre o amigo da filha, que chorando presenciou o espancamento de seu melhor, se não único amigo.
- Qué dize que você qué dá né guria??? Vô te mostra o que é bom pra tosse... - Disse o pai, pegando- a pelo braço e levando - a pra dentro.
A professora em meio a soluços, conta detalhes do acontecimento escabroso, como amordaçaram a garota e a amarraram na cama com o rosto enfiado no travesseiro quase a sufocar. A "amordaçaram", porque não foi só o pai, mas seu irmão mais velho também, abusaram daquela pequena que não passava dos onze anos e dia após dia, a maldade se requintava ao ponto de marcarem seu corpo com bitucas de cigarro...
Gil ficou desconfortável com aquela aberração que não curtiu nem a gravidez da mulher naqueles dias, ficava  
pelos cantos e um dia resolveu perguntar pra esposa se ela conseguiria o endereço da garota, pois enviaria algum presente, mas que não sabia ainda o que seria. Cintia decidiu que o ajudaria, e num descuido da secretária do projeto, pegou o endereço e o nome do pai e irmão, caso precisassem livrar Beatriz de qualquer mal entendido, ou até mesmo denunciá los. O amigo que entregava correspondências passou na casa do Gil naqueles dias e isso despertou uma ideia.
- Hermes, te conheço faz tempo e preciso de um favor sem dar muitos detalhes, o que posso adiantar é que preciso fazer uma surpresa pra alguém sem me identificar, por isso, gostaria de usar sua moto e a camiseta do uniforme, apesar daquele amarelo ridículo, sem ofensa- e sorri para o amigo.
- Cara, se não vai me arrumar problema não né??
- Depois te conto os detalhes, mas garanto que planejei tudo e vou pro lado da zona rural...
- Quem você conhece lá?? Ahh!! Deixa queto!! Depois você me conta, mas quando se precisa disso?
- Depois de amanhã, pode ser?
- Da nada, mas tem como fica aqui jogando video game até você voltar??
- É claro!!! Eu coloco gasolina e vou por fora do centro pra não suja pra você no trampo. Se sabia que meu pai foi militar né?? Tô jogando algumas coisas fora, é lógico que daria pra montar um museu, mas preciso de espaço, a Cintia tá grávida...
- Tá brincando??!!Tão curtindo a gravidez??
- Não muito, ficamos tristes com a situação de uma conhecida, mas estamos nos recuperando...
- Beleza, vô dá uma olhada nas quinquilharias do seu velho e depois levo...
Era sábado, Gil havia combinado com sua esposa que fosse ver o enxoval do bebê no centro,logo cedo.
- Cintia, o Hermes vai passar aqui e me emprestar a moto enquanto você faz compras...
- Mas ele não trabalha de manhã??
- Sim, mas vou fazer as entregas dele e ver como funciona, a conferência das notas é só segunda, e de capacete nem vão me reconhecer por ai...
- Se vocês acham seguro tudo bem, mas toma cuidado.
- Ele vai ficar no game até eu voltar...
Hermes bate à porta, e a própria Cintia atende.
- Oi Hermes, entra, eu to de saída, divirtam se rapazes, beijo Gil!!!
- Tchau amor!!
- Hermes, o game tá no jeito, eu vô dá uma olhada na moto e colocar a camiseta e já saio, tem breja na geladeira, beleza??
- Ta bom, a moto tem aquele macete pra ligar ainda, não esquece!!
- Se liga Hermes...!!
Na garagem, Gil coloca outra placa por cima da original, e percebe que ficou ótimo seu trabalho, repara que a viseira do amigo ainda é escura que facilita mais ainda suas intenções, já havia passado o plano várias vezes apesar de seu coração estar saindo pela boca, confere o endereço e parte rumo ao posto de gasolina.
Perguntaram se era aditivada ou não, ele tenta responder tranquilamente, mas seu peito parece que vai explodir, no entanto consegue dizer pro frentista ficar com o troco. Ao entrar na zona rural percebe que a distância minima entre as casas era de no mínimo um quilometro e meio, o que também era ótimo segundo ele. Não demora e encontra a casa, fica olhando um barraco simples de madeira com uma porta no meio dividindo a casa que tem janelas dos dois lados da frente, tenta ouvir algum barulho, mas tudo quieto, pára a moto, e desce já não tão nervoso e bate palma. Alguém abre uma fresta e pergunta quem é.
- É o carteiro diz ele!!!!!!
A  porta se abre lentamente rangendo as malditas dobradiças, e sai uma garota com suor a escorrer pelo pescoço, extremamente sem graça e tímida, chega perto de Gil que observa a pequena a arrumar sua saia, cabelo, e blusa que por sinal era velhinha e de alça praticamente mostrando seus pequenos seios.
- Querida seu pai, e talvez seu irmão estão???!!!
- Tão ocupados, moço!!!!!!
Num gesto dúbio, avança mais um pouco e estica seu braço com um ferimento provavelmente de cigarro e  que foi feito à pouco e diz - Eu mesmo recebo a carta!!!!!!
- Senhorita, preciso entregar em mãos, poderia por favor chamá - los pra mim???
-Tá bom!!
Ela some na escuridão atrás da porta, e de repente com certa desconfiança e arrogância, saem dois homens de média estatura arrumando as calças, enquanto olham meio por baixo o carteiro.
- O que o senhor quer ? - disse o pai pra Gil.
- Só lhe entregar uma correspondência.
- Mas não tenho família longe não, moço!!
- Senhor não faço ideia de quem seja, minha missão é lhe entregar...!!!!
Pai e filho se aproximam, e Gil entrega uma pequena caixa pra cada um com um bilhete fixado a elas. E o pai semi analfabeto, pergunta logo pro rapaz:
- O que diz aí lazarento?
- Que a gente é igual o que tem na caxa pai...
- Então vamo abri cacete...
Ao olharem dentro da caixa, arregalam o olho e com nojo jogam as caixas longe dizendo, - Mas é merda!!!!!!
Gil, sem pensar um segundo, já estava com revolver na mão e dispara um tiro na púbis do velho que cai em posição fetal gemendo de dor , e quando o rapaz pensa em correr leva um tiro provavelmente na coluna e cai sem movimento...
- Quer dizer que vocês são machos pra violentar uma criança de 11 anos, pois eu sou a correspondência inesperada, seus filhos da puta!!!!!!!!!
Gil desfere um chute na boca do velho que lhe arranca alguns dentes, e esse começa a pedir perdão, enquanto  o carteiro inesperado vira o rapaz com o rosto pra cima...
- E ai?? Sentiu prazer em comer sua irmã na frente desse desgraçado, filho da puta???? Pois bem, você morre depressa por ser induzido e aceitar essa aberração...!!!!
Gil, dispara três vezes na cabeça do rapaz que expira pela última vez, enquanto o pai agonizando tenta fugir arrastando se.
- Velho, eu gostaria que todos que fazem isso sofressem muito mais, mas não posso gastar meu tempo com você por isso vou dizer uma só vez e seja digno pelo menos essa, abre a boca!!!!!!!!!
- Não por favor!!!!!!!
-Abre a boca!!!!!!!!!!!!!
Quando o velho dá sinal de uma pequena abertura, Gil lhe enfiou o cano na boca e desferiu um tiro certeiro. Olhou para os lados e os pássaros cantavam tranquilamente sem que uma única testemunha o visse, a não ser a garota que entre lágrimas, saía de casa com um sorriso no rosto. Enquanto Gil sobia na moto e saía pensando - Não sei o que fiz, só sei que está feito, entreguei as correspondências...








domingo, 13 de janeiro de 2013

Elasticidade de Alma



Luz matinal, vai e vem no transito, e famílias a caminho da praia, parecia mais um dia tranquilo...
Foi impressionante perceber uma família com livros abertos no meio de  uma muvuca grandiosa, vendedores de camarão e queijo, garçons de quiosques a vender e atender turistas avermelhados e espalhados na areia da praia... Sim!!! Um caos organizado debaixo de um céu que deveria brilhar loucamente com o sol, mas que apresentava um tom cinzento.
Descobri que entre os leitores, havia uma senhora que apesar de religiosa, lia tranquilamente a obra de um ateu "Sartre", já a adolescente lia Manuel Bandeira uma Antologia poética, o rapaz aparentava uns quarenta anos, esse lia Quarup de Antonio Calado, mas de repente chega uma cerveja , outra cerveja e os livros ficaram sobre a mesa. Conversavam com empolgação mas sem perderem de vista mais dois adolescentes que se esbaldavam nas ondas, e uma intimidade fingida com o garçom aparecia por vezes na tentativa de serem bem tratados...  
Aquele convívio fraterno, alegre, quase santo, parecia sólido e estável, mas a chuva começou fazendo com que as pessoas se refugiassem debaixo de algumas árvores, ou coberturas próximas, e alguns sorrisos     
já não eram mais percebidos e sim expressões de apreensão e o corre corre era pra levantar acampamento, e não mais atrás da bola ou de uma onda perfeita. 
Um choro foi percebido, o cansaço daqueles que serviam também ficou nítido, discussões aqui e ali, sujeira na areia...
Aquelas almas, sedentas de prazer, e de satisfações que as levassem pra longe de preocupações, pareciam atordoadas numa mescla de sensações que as cegavam, impedindo a percepção de uma elasticidade inerente a elas... Elasticidade tal, que abarcaria um dia perfeito, ou ruim., um amor ou amores, alegrias e dissabores, e qualquer idiossincrasia... Ouvi alguém perguntar por que o outro gostaria de ganhar mais anos de vida e a resposta foi - "Para cometer mais erros..."

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Domingão??!!




É, meu domingão valeu!! Não assisti  Faustão, e nem futebol...
Sabe o que fiz? Fui ver o arrebol!!
Rimar? Não... Não sou bom nisso, e como ia dizendo
Mesas amarelas, guada sol, crianças e também, anzol

Cangas abertas, música no celular, e livros...
Parecíamos estranhos, olhei prum lado, pro outro e muito movimento
Em outra realidade, me desloquei no tempo
E a sensação, era que estávamos vivos...

Me esqueci de olhar pra traz, Sim!!!
La estava, aqueles olhos à espreita...
Ela fez questão de erguer bem aquele Livro
Pra eu ver, me identificar e sentir
Que ela, também se sentiu viva e satisfeita...!!

Indicação de Livro



Em um povoado minusculo do século XIX, uma senhora casada e bem entediada com sua rotina e ambiente, acaba por prestar não só atenção, mas um pouco de paixão a determinadas personagens...

Acredito que vale conferir, "Madame Bovary" de Gustave Flaubert, tradução e notas de Fúlvia M.L. Moretto.

Flashs!!!





Sorrisos, flash e as velas !!
histórias se cruzam...
Intensões, desilusões e sonhos
Apesar disso, velhas ideias...

Pequena idade, melhor idade
Sucesso, fracasso...
Estavam de mãos dadas
Festa na irmandade

Noite, harmonia desequilibrada
Animal interno e externo
Mascaras, manipulação, conflito
Ruas vazias, mar agitado!!

Senti medo, ela já estava deitada...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Se tudo der certo, hoje postarei "Surpresa pros meus pais", valeu pela visita no nosso espaço de loucuras... O final de "O verme, meu amigo" está ai... obrigado pela visita mais uma vez.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

É novo mesmo?




Empolgação com ano novo, mas velhos hábitos ainda baterão à porta!!!!
Quanto consumo, no meio de tanta quinquilharia, reais, dólares, euros...
Bunda, cerveja, futebol, um monte de narcóticos vendidos e difundidos...
Quanta novidade, quanta velharia, quanta velhacaria!!!!!
Felicidade, esperança, babaquice, enganação, de qualquer forma, mais um dia...!!!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

desculpem pela falta de publicação nestes últimos dias, mas ... !!!! vocês sabem muito bem que foi bem agitado... bom inicio de ano... mas vou terminar O verme, meu amigo e tem outro na agulha... nesses dias, o amor, vaidade, ódio, visitas, e desacertos com uma pitada de tragicomédia ... novas preocupações...