domingo, 27 de janeiro de 2013

viagens temporais ou atemporais?


É, enquanto as palavras curtem a fuga, estou quase no Xingu com o padre Fernando,  mas neste instante espero Nando terminar de transar com a secretária de um ministro aí, principalmente depois de uma noite de balada com uísque e lança perfume. Queremos chegar o mais rápido possível pra aquelas bandas, pro Quarup, que é uma comemoração indígena pelo que percebi no livro de Antonio Calado e que tem o nome da festa, e enquanto espero, caminho com Graciliano por uma nova prisão, onde segundo ele, desejam lhe transformar em uma nova espécie de gado (livro Memórias do Cárcere,"Graciliano Ramos"), mas como é fétido e escuro, prefiro sentar no sofá de casa e curtir uma melancolia pelo senhor e senhora Bovary, pois ele fôra traído, e ela acaba de ser deixada pelo amante e delira em seu quarto agoniada, e quando minhas palavras voltarem saio do mundo alheio e volto a construir o meu... 

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