sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ao Senhor Nefasto



No cimento tua força 
No túmulo tua fraqueza
És nobre, És realeza...
E aos pés da forca, da cruz e guilhotina 
Pensaste vencer

Doce ilusão...
Nos porres, na AIDS e abortos 
Ficamos absortos, mas tu mesmo traz a cura
Pois eterna não é tua agulha

Sofrimento Nefasto Dor
És tu príncipe da escuridão e multidão,
Multidão de peregrinos somos em tuas terras,
Mas no acender das velas tua força desvanecerá

A redenção eterna virá, e lágrimas já não brotarão
Como o desabrochar do botão, estaremos entre povos
No seio da verdade, a caminho da real vida
Com celebração, júbilo e canções, 
Tuas armas se desfazem

E por isso lhe agradeço Sofrimento, pois, 
A cada tormento a cortina se abre 
E contemplo o grande Artista em sua performance eterna
Alegrando-me, me fortaleço e cresço

Tocaste em mim e nos meus
Mas fomos comprados, sei que és nosso tutor ainda
E que restam tumores e chagas, mas não sucumbiremos 
Às tuas pragas.

O grande Artista deu-nos suas obras
Que geram promessas e esperança,
Um dia nos procurará, mas teremos partido
Com o bálsamo da mensageira sobre nós...

Nenhum comentário:

Postar um comentário