quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Desabafar???



Gostaria de ser criativo constantemente, e agradar quem lê meus textos mas sei o quanto é difícil manter uma produtividade criativa sem cair na idiotice e sem querer simplesmente falar o que as pessoas querem ouvir ou ler, e na verdade não faço a mínima do que as pessoas querem ler. Eu por exemplo estou lendo quatro livros ao mesmo tempo e me divirto, mas sei que alguns destes livros tornam se um porre vez ou outra e pra você superar as mazelas do cotidiano e conseguir escrever e criar algo que agrade não é nada fácil, minha formação me leva a escrever coisas dramáticas mas sei que hora ou outra precisamos de uma dose de esperança, se é essa mesmo a palavra... eu larguei do seminário e fiquei desempregado com um histórico de teologia e não podia fazer nada com isso, de repente me vi dentro da faculdade de filosofia, que foi uma injeção de ânimo,sem falar dos saltos de paraquedas e o lançamento de um livro de poesia junto com dois amigos,mas naquele momento o que achei louco foi uma senhora que havia me oferecido morada a troco de visitar cultos aos domingos, me pedir a casa por eu por não crer mais no que ela e seus fiéis acreditavam, e o interessante é que falavam em amor ao próximo e assistência a esse tipo de pessoa,ou melhor, ao próximo, no qual, eu lógico que me enquadrava... Não fez diferença alguma, ela simplesmente disse que teria poucos dias pra sair de lá, conheci alguns seminaristas dos quais hoje apenas metade, mais ou menos continuam no caminho e acredito que tenho um pouco de responsabilidade nisso, kkkkk, e estes rapazes me  acolheram sem reservas e até me deixaram cuidando do espaço junto com um morador de rua que tinham acolhido naqueles dias também. Um fim de ano sem família, sem namoro, sem trabalho, e com pouco dinheiro apenas pra algumas cachaças, "criatividade" né?? Eu e o rapaz que estava comigo resolvemos fazer uma festa com os universitários que conhecíamos e que não viajaram pra visitar suas famílias, até um senhor que dizia ter se tornado alcoolista depois que sua amada foi embora com o circo foi convidado, "O NATUREZA", uma figura inesquecível, sei que a festa foi inesquecível, sem falar nos sacos de lixo que carreguei nas costas depois de fechar um carrinho de lanche só pra conferir se rolava algo pro estomago, pois a fome não me deixava dormir alguns dias...
Entre festas e misérias, a criatividade sempre esteve a me salvar, e hoje olho pro monitor do computador ou para o caderno e percebo que colocar sentimentos e emoções de maneira que outros se identifiquem e voltem ao blog não é nada fácil... Por isso me sinto grato aos curiosos que passaram pelo meu espaço, e sei que em outros lugares do mundo, sofredores criativos tentam mudar o destino, vida, ou seja lá como chamam essa caminhada louca que começou com um tapa na bunda...
Ahh!!! Não posso esquecer de um cara que me ensinou muita coisa, mas que não posso dizer o nome por discrição, também foi seminarista e cursava filosofia e psicologia quando nos conhecemos, uma figuraça que me abrigou por um bom período sem cobrar uma moeda se quer, a única regra era cuidar da casa quando tivesse tempo e nos defendermos a qualquer custa, nunca tive banda mas as primeiras vezes que toquei num bar foi com esse camarada e outros amigos, lógico que a troco de bebidas e números de telefone pra festas que marcávamos, ou melhor, que ele agilizava com sua potente agenda e boa disposição pra ficar ao telefone, e sempre dava certo...!!!! Criatividade, pro bem ou pro mal...Somos esse paradoxo que enlouquece os mais conservadores...!!! Casado, trabalhando, estudando, ainda luto pra manter a louca da casa como diria Rosa Montero se não me engano, fica aí, aos acompanhados e solitários o alô não desistam porque são brasileiros, pois este chavão é uma merda, não desistam pra conseguirmos nos vingar dos tapas que ganhamos na bunda ao nascer... Força àqueles que terminaram de ler esse desabafo!!!!!


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A criatividade é uma luta!!Lutem por ela!! E me ensine!!



Antes de iniciar o blog sempre invejei um bom sentido,uma boa explicação ou definição.Se isso realmente existe!!!, mas concordo com Érico Veríssimo, tudo é uma questão de palavras, pois assim como uma catástrofe, uma morte por tiro perdido, uma intoxicação, ou até mesmo uma morte num CTI, podem passar num relatório como mais um número ou simplesmente como um relato. Eu, aprendi com um cara das antiga, "Aristóteles" que as palavras muitas vezes mostram seu poder e até mesmo sua classe social, sempre levei a sério as queridas palavras e sei em parte o tanto que elas influenciam... Justificamos guerras, genocídios, injurias, injustiças, até mesmo lutas por amor, mas o que quero dizer é que civilidade ou mesmo violência sempre podem ser justificadas por um amontoado de palavras que induzem, acalmam, ironizam, ignoram e desviam a atenção dos menos atentos, e tantas pessoas tem suas vidas conduzidas na base do que é escrito ou falado e sem prestarem atenção engolem qualquer bobeira... O que fazer??? Temos como romper com esse descuido ou uso da palavra só pra coisas banais como; - Pegue aquela coisa que está do lado do troço vermelho em cima daquela, aquele treco ali... Muito do que é dito se for analisado no fundo não teria o menor sentido se as pessoas envolvidas não estivessem ali pra explicar, então penso que se melhorássemos, ou tentássemos melhorar nosso dizer, talvez diminuiríamos nossas dificuldades, mas essa é só a impressão de mais um idiota oprimido pelo mundo vulgar das palavras "mal ditas"...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ohh que voy mesmo!!!!



O sol se despedia e o mesmo ritual acontecia com Alexandre em seu apartamento, desligava a tv, ou largava o livro,o que geralmente fazia, amontoara diversos, de vários estilos literários , tamanhos, cores, cheiro e pra ele, também diferentes sabores. Há anos que não saia de casa e tinha lá seu jeito de conseguir o que precisava e ficava lá!! em casa... Num conjunto de 12 prédios de 6 andares cada, morava Ale, que como Engenheiro de uma petrolífera ganhou muita grana mas nunca fez questão de esbanjar ou se mostrar, foi diagnosticado com síndrome do pânico e isso explicou algumas mudanças que alguns colegas comentaram, passando cada vez mais em sua reclusão desenvolveu o hábito de no fim dos dias pegar um bom binóculo e vigiar janelas, já conhecia algumas por temas, como briga de casais, sexo animal, espancamento familiar, e até mesmo vida feliz.
Claudia morava num condomínio de 12 prédios com 6 andares cada, isso mesmo, morava no mesmo lugar que Alexandre, os prédios circundavam uma grande praça onde crianças com pais, jovens, e casais curtiam pouco nos fins de semana. Assim como Alexandre, ela morava no 6º andar, mudou se pro apartamento há um bom tempo, após o noivo limpar a conta conjunta e sumir pro norte da Índia onde ouviu dizer ser o berço do sexo tântrico, ela logo entrou em depressão e ficou de licença no trabalho, era uma boa auxiliar administrativa e fissurada por filmes e livros, ahh!!! Passava horas no computador, internet é claro. O banheiro de Claudia ficava bem de frente pra uma janela enorme da sala mas não se importava, afinal estava no último andar e adorava ficar olhando pras nuvens enquanto se banhava, colocava seu roupão sentava se na pequena sacada que tinha, bebericava alguma coisa e ficava olhando ou pro nada ou pros prédios do condomínio.
Guimarães, era um porteiro entre tantos que ali se revesavam, conhecia detalhes da vida de quase todos os moradores mas não ficava de conversa fiada sobre ninguém. Observador como aquele não havia, presenciou certa vez a chegada de duas caixas muito semelhantes e da mesma loja, que especializada em materiais de pesquisa cosmológica chamou-lhe muito atenção. Descobriu depois que se tratava de dois binóculos potentíssimos e por coincidência ou não, quando foram entregues a seus donos, Alexandre e Claudia, Guimarães percebeu que durante à noite os apartamentos não ficaram mais com as luzes acesas, lógico que desconfiava o que acontecia, mas se reservou  apenas a observar da sua guarita.
Alexandre, certo dia resolveu quebrar o condicionamento e pegar seu binóculo mais cedo, pediu guloseimas por telefone e se esparramou no sofá com controles remotos à mão, mas não acreditava que conseguiria alguma visão interessante, afinal quase todos no condomínio trabalhavam e o espetáculo da vida privada só acontecia de noite, ainda assim resolveu procurar pelas janelas. Impressionou-se ao ponto de levantar e praticamente ficar à vista em sua sacada, mas quando se deu conta, lentamente voltou pro interior do ap, lógico que sem tirar seu brinquedo da cara e esbarando em tudo que tinha atrás de si, o impacto foi causado pela linda Claudia que ao banhar-se tranquilamente do outro lado da praça nem imaginava que alguém a observava e com um tremendo interesse. Ela como sempre pegou seu roupão e foi pra sacada com um suco  e um livro, mas com uma sensação estranha de que era observada, pegou seu binóculo e resolveu dar uma geral pela vizinhança, mas ficou desanimada pois não viu movimento nenhum, no entanto, quando voltava pro livro, percebeu um movimento no apartamento de frente ao seu do outro lado da praça e rapidamente focou naquela direção e avistou um rapaz bonito caindo de costas sobre um sofá e jogando algo pelos ares.
Era Ale, que assustado com o saque de um binóculo da sua vizinha, esborrachara-se na sala deixando o que tinha nas mãos voar por cima das almofadas, desesperado rastejou até as cortinas e sem conseguir fecha-las ficou deitado olhando pro teto imaginando o que poderia acontecer... O que fazer? Chamariam a polícia? Que embaraço pensou o rapaz mas resolveu lentamente retomar a observação, e ao olhar pro apartamento de Claudia viu ela segurando um cartaz do tamanho de uma cartolina que dizia: Como é seu nome? o meu é Claudia!! Ele resolveu se levantar e procurar alguma coisa pra fazer um cartaz, não conseguindo encontrar nada, pegou um lençol branco, tintas e pinceis e escreveu seu nome e pediu desculpas pela indiscrição. Sua comparsa no voyeurismo escreveu outro dizendo que não tinha problema e que gostaria de falar com ele mas que não podia sair do apartamento, ele disse que também não saía do seu, mas que poderiam conversar por telefone, então lambuzou o lençol com o número do seu telefone.
Guimarães aquele dia percebeu que o apartamento dos dois estavam de luzes acessas e ficou se perguntando o que acontecia naquele dia, ou melhor naquela noite, pois há muito tempo não presenciava aquilo, de tanta curiosidade resolveu interfonar nos dois apartamentos e perguntar se precisavam de algo mas nenhum do dois o atenderam. Alexandre e Claudia trocavam presentes que deixavam o porteiro cada vez mais ensandecido, eram coisas simples como buque de flores, cds, filmes, livros mas todo esse movimento despertava mais ainda a curiosidade do porteiro. Os dois trocaram ideias sobre suas observações das janelas vizinhas, compartilharam tristezas passadas, e expectativas, no entanto, terminavam onde iniciaram, trancados nos apartamentos, mesmo que um deles sempre insistisse pro outro sair de casa e tocar a campainha do que convidava, isso não rolava. O que fazer?? Como resolver isso??? Gastaram tempo no computador com câmera, Claudia tomava seus banhos com regularidade e se mostrava pra Alexandre e ele também tentava ainda que de maneira desajeitada, ser sensual, mas nunca gostou de suas performances, os dois estavam pra explodir de vontade de sentir o cheiro, a textura da pele, a maciez dos cabelos, poder deitar no colo, abraçar, beijar... Não sentiam o toque de outra pessoa há mais de ano, mas toda essa movimentação que levou meses, os fez despertar pro fato que um poderia ser a cura do outro, pensaram juntos a respeito do momento e local pro encontro.
Numa semana qualquer, dois celulares foram entregues no condomínio e o porteiro sabia que eram dos voyeurs,  viu que em determinada hora, todos apartamentos estavam apagados, exceto de Cláudia e Alexandre. Resolveu apagar as luzes da guarita e observar cuidadosamente qualquer mudança que houvesse, pois acreditava que em breve os dois romperiam de maneira inusitada com suas vidas. Passavam-se madrugadas, até que uma noite de lua cheia em que praça do condomínio estava bem iluminada e com um frescor que balançava levemente as folhas das árvores, os dois apartamentos apagaram as luzes.
Guimarães arregalou os olhos, pois há meses via as luzes acesas nos apartamentos, logo se aconchegou de um jeito que ficasse bem posicionado e nesse instante percebeu os reflexos dos elevadores dos dois lados da praça, seu coração disparou e quase não se continha,mas aquietou-se. As portas dos prédios de Cláudia e Alexandre se abrem enquanto as luzes dos saguões impedem que o porteiro veja mais do que silhuetas, mas que indicavam estar com celulares, de repente começam a andar rumo à praça como se fossem uma noiva levada até o altar, um passo de cada vez, outros poderiam achar parecido com algum ritual de acasalamento. Lentamente, chegam próximos ao jardim que muito bem cuidado exalava perfume no ar, desligaram os celulares, olharam prum banco e caminharam mais um pouco, parados frente à frente, olharam se por instantes e resolveram sentar próximos, parecia que um tentava ler o pensamento do outro pelos olhos e se aproximaram ao ponto de sentirem suas respirações, que não eram suaves, cheiraram os cabelos e queriam muito o toque, mas nenhum encostou no outro.
Claudia sussurrou algo no ouvido de Alê, enquanto atônito, o porteiro se deliciava com a cena, como se tivesse uma visão celestial, os dois levantaram e caminharam rumo a portaria, e Guimarães quase sem respirar esperava que o vissem, mas como que enfeitiçados saíram pelos portões olhando a lua e conversando algo que não se podia ouvir. Sozinho, ficou o porteiro em sua guarita de luzes apagadas com lágrimas no rosto pensando:  - Depois disto não olharei pras pessoas do mesmo jeito, sei que mudarei, oh!! que vou mesmo!!!!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

fazer o quê?


Quando nos descobrimos como esposo, filho, pai, trabalhador, sonhador, e outros...
Percebemos que a criatividade, e o bom humor podem nos deixam por instantes...
Muitas coisas passam por nossa cabeça, nem todas queremos partilhar, talvez por pudor...
Outras vezes simplesmente por dor...
Desfrutar momentos de forma inominada, mas sabendo que certa hora a vontade deverá ser domada...
O que fazer com as fichas que ganhamos ao tomarmos os tapas na bunda ao nascer???
Não faço a mínima ideia, sei que gostando ou não elas acabarão...
Pessimista, realista, otimista, foda-se, sou tudo isso e muito mais se deixarem...
Sexo, chocolate, remédios, trabalho, família, viagens, como vai gastar o tempo???
Ou melhor, como vai viver?? O tempo enquanto medida, não passa de uma brincadeira de mau gosto!!!
Ele passa mesmo, ou somos nós???? 
Boa noite, gastei as fichas de hoje, vejo você amanhã, isso se abrir os olhos, ahh!!! e se tiver de bom humor!!!


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Obrigado aos virtualizados e loucos do Brasil, Angola,Alemanha,Argentina, Reino Unido, Espanha e Japão...Sejam muito bem vindos ao nosso espaço!!!!! E não posso esquecer daqueles que estão nos Estados Unidos também, aquele abraço a todos!!!

O bilhete!!!



Silvia nasceu na primavera, sua mãe Olga não aguentava de tanta alegria, era uma mulher bonita e atraente, tinha feito faculdade e adorava ler. Quando a filhota chegou ao mundo, Cesar seu esposo enchia a cara com amigos assistindo futebol, e a tarefa de buscá-la na maternidade ficou ao encargo de João, seu irmão amoroso que não via a hora de conhecer sua sobrinha adorada.
Cesar sonhava com um filho e quando soube que teriam uma menina, afastou-se da mulher e tudo que dissesse respeito à gravidez, os familiares de Olga nunca souberam o porquê do casamento dela com aquele sujeito. Tio João e Olga sempre foram muito presentes na educação de Silvia, principalmente depois das tentativas frustradas do pai da menina de ensiná-la futebol e seu fanatismo por seu time, ela cresceu ouvindo histórias que a mãe contava, tornou-se delicada mas cheia de vontade, praticou vários esportes, estudava assiduamente e na juventude seu corpo era de causar inveja.
No início do Ensino Médio, Silvia conheceu Dalila, e estudaram juntas até o fim do terceiro ano, planejaram quais roupas usariam e com que rapazes poderiam ficar. Na sala delas tinha uma garota peculiar que chamou a atenção de Silvia algumas vezes, por ser linda, nunca sair com nenhum garoto, ter uma inteligência rápida, ler muito, viver isolada e observar tudo e a todos, essa era Cássia.
O terceirão ficou uma loucura, especularam sobre vários tipos de festa de formatura que fariam, e decidiram alugar uma casa gigante e a festa de formatura seria regada a muita bebida, música, ficadas e "aditivos"... Dalila sempre se achou mais descolada que Silvia por ter transado e saído com vários rapazes, insistiu diversas vezes pra que a amiga se iniciasse sexualmente mas sem sucesso, "o momento certo" foi o que sempre ouviu de Sil.
A tão esperada formatura e comemoração chegou e logo após as formalidades os alunos e convidados, que não incluía os pais, foram pra casa que já decorada aguardava o início do "auê". Depois de algum tempo vários jovens já embalados, se pegavam pela casa, Cássia, como sempre a observar, percebeu Dalila deixando Silvia bem alta de bebida em um sofá e indo conversar com alguns jovens que apontando pra Sil e rindo, subiram as escadas que levavam pra alguns quartos. Dalila falou algo no ouvido de Silvia que após minutos sentada, sobe as escadas também, Cassia tomou uma, duas, três latinhas de cerveja, fuma alguns cigarros, e vê Dalila descer com um sorriso maligno no rosto sem a amiga. Desconfiando do que acontecia lá em cima, anda rápido e dá um esbarrão em Dalila e olha fundo nos olhos dela, e continua pela escada, entra em vários quartos e vários enganos, diversos casais transando até que de supetão entra num quarto e vê quatro marmanjos dando gargalhadas enquanto a linda Silvia amarrada e vendada na cama, chora, talvez de ódio, vergonha ou desespero com suas peças intimas rasgadas e suas roupas jogadas ao lado da cama.
- Então é assim!!! Filhos da puta, usam a colega dela e armam pra cima da garota, sumam da festa agora ou chamo a polícia...
Os rapazes saem pegando as roupas e correndo do quarto enquanto Cássia tenta acalmar a garota. Ficaram as duas até amanhecer no quarto e quando não ouviam nenhum barulho desceram e Silvia foi levada pra casa. Vários dias se passaram, Olga se preocupava pois a filha não saia de casa, mas pelo menos uma conhecida aparecia pra conversar com Silvia, Cassia. Elas descobriram as artimanhas de Dalila e conversavam horas, infelizmente o ogro do pai de Sil se irritou com as visitas e resolveu ir até o quarto da filha.
- Não vou denunciar ninguém Cássia, to tão triste que não tenho forças pra enfrentar mais um monte de preconceito e problemas...
Cássia senta na cama e bem próxima da nova amiga abaixa a cabeça e não sabe o que dizer. As duas eram lindas e naquele momento o sol brilhava entrando pela janela deixando a silhueta delas impressionante como numa fotografia de cinema, se abraçaram e quando perceberam que seus corações estavam disparados as duas lentamente vão se afastando mas com os rostos colados, param por segundos e Cássia segura com carinho o rosto de Silvia, que sente a respiração ofegante da amiga, as duas abrem os olhos e como se lessem a alma uma da outra, entregam-se a um beijo apaixonado ao ponto de não perceberem Cesar abrir a porta.
A amiga de Silvia é expulsa de casa e Silvia é espancada pelo pai, que ao acordar para o trabalho encontra Olga chorando na cozinha e lhe diz:
- Ficou uma carta pra mim e esse bilhete pra você...
Cesar abre o bilhete sem entender e Silvia lhe deixou escrito:
- É isso Cesar, fique com seu teatro de pão e circo, "cachaça, bunda e futebol"!!! Ahh!! e não deixe de dizer adeus pro seu amigo pinto, ou pênis, se achar melhor de entender seu idiota...

O Bilhete!! é o mais recente conto do espaço virtualidades e loucuras apreciem com moderação!!!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Uma olhadinha é legal!!!! Valeu pela visita...


Não sou escritor, mas como minha esposa e alguns amigos trabalham com ensino médio gostaria de me desenvolver nesta arte tão complexa, comentários e até correções que puderem sugerir, serão bem vindas e consideradas com muita atenção, obrigado mais uma vez pela contribuição, é possível que em breve volte pra sala de aula e pretendo criar meus próprios textos e desta maneira tentar adaptar me a necessidade daqueles que estiverem comigo, valeu...

Vim te visitar!!!!!



O resultado saiu, Gilberto sentado observava a multidão e o corre-corre pra pegar o jornalzinho que divulgava a relação dos aprovados do vestibular, os pais queriam que fizesse engenharia elétrica, mas ele escolheu Ciências Sociais. A mãe era dona de casa extremamente simples, no vocabulário, vestimentas e até esmo nos sonhos, se não fosse, talvez já tivesse se libertado de Jorge, pai de Gil, que durante anos oprimiu dona Amélia chegando até bater na coitada, mas ela tinha uma força ou estratégia, a manipulação, era boa nisso, principalmente quando o esposo chegava embriagado falando bobeira e se esparramando na frente da teve pra dormir como uma pedra. Não lembrava de nada no outro dia, o que dava a chance de Amélia retirar todo dinheiro que achava no bolso dele. 
Jorge apesar de "alcoolista", teve uma história interessante na polícia, foi herói numa situação em que um rapaz foi sequestrado, o problema era sua perna que destruída com um balaço fez com que se aposentasse tirando-o do trabalho, a amargura o tomou quase totalmente levando-o a frequentar os bares com mais assiduidade, mas tinha seus momentos de alegria que compartilhava com a família, no entanto, sua moralidade e conservadorismo era insuportável, chegou a dar uns safanões no filho que já fumava uns baseados e vez ou outra chegava com o nariz escorrendo e muito agitado. Chegou numa época a seguir Gil até umas biqueiras pra ter certeza do consumo do filho e discutir o quanto pudesse com ele.
A proposta foi, ou você passa no vestibular e vai pra faculdade, ou casa de recuperação, Gilberto meteu a cara nos livros mas não deixou de dar suas escapadas, entrou numa faculdade em outra cidade pra ficar longe de casa e ter um pouco de liberdade como sonhava até então, não reprovou em nenhum ano, e no fim do terceiro resolveu voltar à sua cidade pra visitar os pais. Sua mãe mantinha contato pela internet, e nos últimos e-mails disse que o pai tinha parado de beber mas que continuava a sair em algumas noites e se Gil desembarcasse à noite talvez não encontrasse o pai em casa.
Jorge saiu justamente na noite em que o filho chegaria, e dona Amélia não disse nada sobre a visita do filho antes dele sair, quis fazer uma surpresa na hora que chegasse. Gil desembarcou na rodoviária e caminhando pro ponto de ônibus encontrou um colega das "antigas", o Fumaça, que logo o convence a ir numa quebrada pegar "unzinho" e como tinha colírio, não daria nada pra Gilberto quando chegasse em casa.
Os dois ficaram na frente da biqueira esperando o "vapor" voltar com o baseado, era uma rua escura e sem movimento, ao invés de nervosos, estavam tranquilos por conhecerem o lugar há tempos. Ouviram barulho de motor, e  perceberam faróis altos, as pernas começaram a tremer e a vontade de correr fez o coração disparar, mas como tinham entregue a grana, resolveram esperar mesmo assim e pagar pra ver, ficaram de costas pro carro de esperariam ele passar, mas a velocidade aumentou e o automóvel para bruscamente, ouviram uma voz: 
- Filhos da puta!!!! Vão aprender a viciar o filho dos outros!!!!!
Ouve-se vários disparos, e entre eles outra voz:
- Pai!! Sou eu!!!!
Jorge desesperado corre até os corpos, nas últimas noites ele não saiu pra beber mas pra deixar um rastro de dependentes e vendedores de drogas mortos em vielas e ruas escuras, e nesse momento sente sua justiça martelar seu cérebro enquanto as lágrimas se misturam ao sangue do filho, que no último suspiro diz:
- Vim te visitar pai...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Divina Comédia...!!! Foi no banco hoje??



Eduardo, olhou se no espelho e percebeu em sua testa, ao redor dos olhos e nos cantos da boca, as marcas que lhe indicavam como os anos haviam passado. Enquanto escovava seus dentes e passava alguns cremes, lembrava como o ano de 2000 despertou especulações no pessoal de sua geração e nele também.
Quantos anos teria? Jesus voltaria? O mundo passaria por um momento escatológico? Passou aquele ano sem maiores novidades, estudou, trabalhou e aparentemente teve uma vida normal até aquela manhã chuvosa.
Pegou seu cartão pra comprar alguns legumes quando voltasse do banco. Bermudão, tênis velho, pois não encharcaria os novos que ganhou há poucos dias, uma camiseta surrada e uma blusa de moletom na mesma situação, as únicas coisas novas eram seu livro, guarda- chuva e fone de ouvido.
Olhava pras pessoas tentando imaginar as preocupações delas, seria dinheiro, sexo, filhos e suas mudanças de fase, a perseguição na escola, a menstruação que não veio, vontade de matar, de se drogar? Ao mesmo tempo admirava a imaginação, chegava às vezes a sentir pavor das pessoas, pois sabia que qualquer um poderia se tornar um perigo. Era comunicativo, no entanto, não suportava conversas idiotas, por isso, carregava sempre um livro pra onde fosse e quando tinha tempo se refugiava em diversos mundos que levava nas mãos. Ao sair da casa, a chuva caia fina e tranquila, caminhava despreocupado e realmente queria ler a vida das pessoas mas como não podia se contentava com o tempo que ficaria na fila do banco onde leria algumas páginas do romance.
Viu uma amiga que caminhava em sua direção, mas do outro lado da rua, não fez questão de vê-la, ou melhor, cumprimentá - la, ficou pensando em entrar na locadora mas sabia que demoraria e estava sem paciência. Chegando no tal calçadão onde se concentravam as lojas de biju, roupas, lanchonetes e os bancos, seu humor começou a mudar pois andavam freneticamente esbarrando umas nas outras sem o menor cuidado e empatia, e como a chuva aumentou e incomodava Eduardo colocou o capuz porque também ventava, fechou a blusa com o livro por dentro debaixo do braço esquerdo.
Quando parou em frente ao banco e fechou o guarda-chuva, por alguns segundos encarou dois policiais que acabaram de se refugiar sob uma árvore. Ao virar as costas, os policiais perceberam um volume embaixo do braço esquerdo por dentro da blusa do rapaz, ele pôs a mão na maçaneta e mal puxou a porta, um dos policiais falou pra que parasse, o outro já agitado e com a arma na mão gritou pra que Eduardo parasse, e este percebendo as pessoas olhando-o largou a porta e enfiou a mão na blusa pra pegar o livro, sem entender e assustado, virou-se pra trás e recebeu quatro tiros no peito.
Caído e com seu livro, a primeira parte de Dante Alighieri, ouve nos seus últimos segundos de vida pelo fone, o refrão de "A Marcha Fúnebre Prossegue", enquanto as pessoas com as mãos nos lábios e olhos arregalados observam o sangue dele encharcando seu livro. Jaz ali, Dudu como era conhecido por sua família: filho, esposo, pai, uma pessoa qualquer...


desculpem pelos erros, a ansiedade não me deixou corrigi-lo ... um abraço...

Postei um novo texto, Divina Comédia, espero que curtam!!!!


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cuidado??!! "devaneio de uma tarde!!"



Não é uma questão de religiosidade, mas de cuidado, como disse Leonardo Boff, em uma de suas obras, parafraseando um filosofo alemão... O cuidado que o homem tem com seus filhotes é um tanto diferente dos outros animais por ser uma expressão comportamental que extrapola condicionamentos ambientais, não somos superiores aos outros seres, mas podemos nos relacionar através do que chamamos amor, compaixão, bondade, ódio, inveja e por aí vai...
Parece que nos esquecemos a cada dia da relação de dependência com os outros e com elementos naturais que não dominamos, ou melhor, que temos a pretensão de dominar. Se observarmos com sensibilidade, as diversas maneiras que o Universo, se mostra, uma palavra parece descrever a continuidade dele; "Cooperação", entre partículas, moléculas, células, e mesmo nos fenômenos que dizemos não haver consciência ou vida, no micro - Cosmo, há uma dinâmica cooperativa estabelecida...
Dara asas ao egoísmo, agir simplesmente para seu próprio bem estar, pode levar a consequências indesejadas, e por vezes incontroláveis... É, talvez o que chamamos, empatia, altruísmo, e a compaixão nos desenvolva um senso de responsabilidade, no qual encontremos coragem e determinação para a vida...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Índia?Machismo, ou realidade??


Com seis anos ele culpou deus...
O amor celeste não resistiu...
Que seja eterno até a primeira coronhada...
Não foi carinho e sim prepotência...
Machismo babaca...
Filha de índio, que já não era mais guerreiro,
e sim violeiro e alcoólatra...
Desonrada e sozinha, quando não chamada de meretriz,
solitária e chorosa...
Uma baita mãe amorosa, um pai emergente
e que não parecia gente...
Solidão, rejeição e filho pra criar.
Filho, criança, busca por um herói...
Espancamento com um aninho!!!!!
Porra!!! E a estória de anjinho!!!!
O pai emergiu, morreu!!!
Era tráfico, garimpo???!!!
Sabe lá!!! Surto, drogas,
religião!!! Ciência, respostas????
Faculdade, desemprego, fome!!!
Sexo, amizade, e caminhada...
Tem receita, ou bula pra vida??
Não, né!!!
Muito menos pra morte!!!
Seja bem vindo à realidade, ou à
                                                  virtualidade...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Sonhar ou querer??


Quantos sonhos você tem?
Ou teve??
Conseguiu agarrar algum??
Os melhores parecem ser
aqueles que perdemos...
Pois às vezes, voltam com
força tal, que nos desestabilizam...
Os que conseguimos, perdem aos poucos,
ou logo de uma vez, "aquele sabor",
de gozo, de conquista!!!
O desejo e a vontade, logo
nos tomam e numa volúpia infernal
nos lança rápido atrás de outro
                                              querer...

Balanço no ar!!!!


Encontrei o João hoje!!!
Qual??!!
Aquele, o João Ninguém, não se lembra? Eu o vi caminhando com um sorriso amarelo no rosto, e pensei logo que tivesse alguma novidade, e tinha mesmo.
Estava um barulheira de ônibus passando, mas o encanto mesmo era um bem te vi  que ao longe cantava quase arrebentando os pulmões, cumprimentei o João, que percebeu minha presença segundos depois e deixando de olhar pro céu, cumprimentou - me.
- Como vai? João!!! Ele começa logo a contar...
- Tava aqui olhando uns pássaros que deslizam com tanto charme pelo ar, pensei que eles devem pouco né?
- Mas não eram eles que te distraiam?? Disse eu...
- Não, não!!! Tava pensando nessa lógica injusta de mercado, vivem dizendo por ai que vão acabar com desemprego, mas tudo é calculado pra sobra mortos de fome que aceitem qualquer valor pro seu trabalho e que no fundo são horas de vida irrecuperáveis. Comemos, vestimos, adoecemos... E como não deslizamos pelo ar e nem comemos tão pouco como os pássaros, penso que caminho tomar, me submeto a qualquer trabalho, esquecendo essa estória de dignidade e aceito qualquer idiota ditando meus horários, ou continuo tentando me realizar profissional e intelectualmente do meu jeito? Num país onde se idolatra, bunda, cerveja, e futebol, e óhh que não tenho problemas com bumbuns e cerveja e sim com o futebol, "os cartolas" lógico, que enriquecem às custas de assalariados, tô brincando, tenho bronca sim da manipulação simbólica em torno da bebida e da bunda.
Sinceramente não sei muito o que fazer às vezes, tudo muda muito rápido, a profissão que hoje bomba, amanhã pode desaparecer, algumas pessoas lutam por concursos públicos talvez por ideologia, outros pra inchar a máquina estatal e não fazer porra nenhuma!!!!! Eu guardei uma grana e ia atrás de aperfeiçoamento, o concurso que prestaria foi cancelado e depois deu ter pago a maldita inscrição, daqui 3 meses to desempregado de novo...

Chegamos à casa do João, ele me convida pra entrar amassando o maço vazio de cigarros e acendendo seu  último careta, como disse. Era um jardim bonito, com pedras espalhadas e bem cuidado como um jardim japonês, onde se medita atrás de tranquilidade, ele me pediu para comprar um cigarro na esquina, quis perguntar se precisava de mais alguma coisa, mas o portão era alto e bem fechado, caminhei tranquilamente pensando nas palavras dele.
Cheguei e o chamei, mas o portão estava aberto, entrei olhando pra baixo e reparando detalhes nas pedras, foi quando vi um de seus tênis à minha frente, ergui a cabeça e lá estava ele, balançando no ar após seu último cigarro.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

obrigado!!!pelo seu minuto, ou seus segundos!!!!

Botões, mas não de rosas!!



Ao virar a chave, a velocidade se apresenta...
Ganhei parte das moedas do dia, mas 
voltarei à senzala metamórfica.
Em casa momentos simples se sucedem, 
aperto um botão e frutas se transformam...
Outro botão, e a comida está quente, 
sem falar na brisa maravilhosa e das 
companhias agradáveis ou não, que
me são proporcionadas por mais
alguns botões...
Viajo ao Xingu pra uma festa chamada
Quarup, minha esposa se delicia em 
cem contos brasileiros, e o face?, e o hot?
O incômodo 
aparece, então eles entram em ação.
Os botões!!Viro um pra esquerda e o 
banho me renova, mais dois ou três e 
uma orquestra invade minha sala, 
mais cinco ou seis e compartilho 
algumas linhas, sonhando ter tanta
habilidade com as pessoas, assim 
como tenho com botões...!!!