terça-feira, 12 de novembro de 2013
Duas obras fantásticas!!
"O assassinato e outras histórias" de Anton Tchgekhov, foi criticado por Tolstoi mas não deixa de mostrar mazelas humanas com uma simplicidade espetacular.
"Contos clássicos de vampiro - Byron, Stoker e outros" tradução de Marta Chiarelli, indica na introdução o caminho percorrido por este ícone do terror, que há muitos séculos vem se formando e passando a assumir peculiaridades no seu jeito de ser, através de convenções aceitas por vários escritores mas que chega com boas transformações no que temos hoje de vampirado contemporâneo...
Boa Leitura!!
sábado, 2 de novembro de 2013
Anjos...
Era uma tarde ensolarada e de fim de campeonato, o estádio, lotado!!!! Nas entradas, as filas se confundiam com a multidão, e o povo se exprimia na tentativa de conseguir seu lugar não ao sol, mas no palco que se armava.
Tomé nunca tinha levado seu filho ao jogo, e muito menos chegado tão cedo, mas dessa vez era especial, o garoto aprenderia sobre o amor ao time, ao fantástico, ao âmago do instinto de grupo. Sendo assim, os dois já estavam sentadinhos em suas poltronas, quando o pequeno Lázaro olha para os refletores, e apesar destes estarem longe, pareciam gigantes e sobre eles estava um pássaro enorme, que o menino nunca havia observado.
Espantado o menino tenta chamar a atenção do pai, mas este sem lhe dar ouvidos continua a gritar enlouquecidamente. Sobre os refletores, Briel contempla os tais humanos, como ele gostava de dizer, a se amontoarem como gado para o abate, de repente pousa ao seu lado Guegue, e diz:
- Briel, mandaram me aqui para lhe servir, posso saber minhas ordens??
- Você é um capacho esperto Guegue, se faz de coitado mas sei bem suas intenções!!
- Quero apenas servi - lo senhor!!
- Pois bem!!Você trouxe sua arma eu espero, repare bem estes símios imbecis, como posso servir por toda a minha existência ao Nosso Senhor, enquanto Ele ama estes animais, e nos trata como empregadinhos!!!
Guegue olhando para a multidão, pensa por um instante e pergunta:
- O senhor não tem medo de pronunciar essas palavras, afinal Tanás e os companheiros dele receberam uma paga alta pelos questionamentos que fez...
- Ainda que não fale, Nosso Senhor sabe muito bem o que pensamos, e não serie idiota de desafiá - lo sem estar preparado. Sei muito bem a força que enfrentaria, enquanto isso espero o momento certo, eu sei que existe uma brecha nesse universo, e quando encontrá -la você verá o que são questionamentos. Chega de perca de tempo, espero que tenha entregue ao Tanás, o pedido para encontrar entre os tais humanos, bons corruptos que terminassem a construção deste lugar em que os símios estão apinhados, afinal não podemos exterminá - los com nossas próprias mãos, o que seria um prazer...
- Sim senhor, fiz o pedido e me disseram que encontraram um grupo de políticos e homens de negócios que ao saberem da possibilidade de ganho fácil, logo providenciaram um jeito de utilizarem um material sem qualidade no término da construção do estádio.
Numa cobertura longe de onde o jogo começaria, alguns homens vestidos com roupa de grife, rodeados de acompanhantes e bebidas, brindavam o sucesso da construção do estádio com material vagabundo e superfaturado, sem falar no engenheiro laranja que encontraram pra assinar o projeto. O telão era tecnologia de ponta, assim como o sarcasmo dos colarinhos brancos ao assistirem a multidão lotando o local do jogo.
Enquanto isso, Marta mãe de Lázaro, em outro extremo da cidade andava de um lado pro outro, ansiosa pra saber se Tomé e Lázaro estavam bem, decidiu acomodar se frente a tv e assistir o jogo e esperá los, pois apesar do nervosismo ela sabia que aquele momento seria inesquecível para o filho.
- Quero apenas servi - lo senhor!!
- Pois bem!!Você trouxe sua arma eu espero, repare bem estes símios imbecis, como posso servir por toda a minha existência ao Nosso Senhor, enquanto Ele ama estes animais, e nos trata como empregadinhos!!!
Guegue olhando para a multidão, pensa por um instante e pergunta:
- O senhor não tem medo de pronunciar essas palavras, afinal Tanás e os companheiros dele receberam uma paga alta pelos questionamentos que fez...
- Ainda que não fale, Nosso Senhor sabe muito bem o que pensamos, e não serie idiota de desafiá - lo sem estar preparado. Sei muito bem a força que enfrentaria, enquanto isso espero o momento certo, eu sei que existe uma brecha nesse universo, e quando encontrá -la você verá o que são questionamentos. Chega de perca de tempo, espero que tenha entregue ao Tanás, o pedido para encontrar entre os tais humanos, bons corruptos que terminassem a construção deste lugar em que os símios estão apinhados, afinal não podemos exterminá - los com nossas próprias mãos, o que seria um prazer...
- Sim senhor, fiz o pedido e me disseram que encontraram um grupo de políticos e homens de negócios que ao saberem da possibilidade de ganho fácil, logo providenciaram um jeito de utilizarem um material sem qualidade no término da construção do estádio.
Numa cobertura longe de onde o jogo começaria, alguns homens vestidos com roupa de grife, rodeados de acompanhantes e bebidas, brindavam o sucesso da construção do estádio com material vagabundo e superfaturado, sem falar no engenheiro laranja que encontraram pra assinar o projeto. O telão era tecnologia de ponta, assim como o sarcasmo dos colarinhos brancos ao assistirem a multidão lotando o local do jogo.
Enquanto isso, Marta mãe de Lázaro, em outro extremo da cidade andava de um lado pro outro, ansiosa pra saber se Tomé e Lázaro estavam bem, decidiu acomodar se frente a tv e assistir o jogo e esperá los, pois apesar do nervosismo ela sabia que aquele momento seria inesquecível para o filho.
Continua...
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
FILMES Brazucas de boa qualidade!!!
O Som ao redor de Kleber Mendonça Filho, e Febre do Rato de Claudio de Assis, são produções muito boas, que tratam desde tradições regionais, familiares, à sexualidade, poesia e contradições comportamentais que perpassam nosso dia a dia, vale conferir...
INDICAÇÕES: Psicopatia e Psicopedagogia...
Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado: Da escritora Ana Beatriz Barbosa Silva, médica e pós graduada em psiquiatria, o livro mostra alguns traços recorrentes entre os psicopatas e levanta a discussão sobre os graus desta patologia e suas implicações no cotidiano de indivíduos e grupos sociais, também sobre o diagnóstico e métodos de tratamento. É é interessante estar aberto para este escrito, mas sem deixar de lado o bom senso, é uma leitura fácil e que traz alguns detalhes estimulantes.
Práticas Psicopedagógicas aplicadas à Educação: De Andréia Reis Bacha Moriningo que nos fornece informações sobre o objeto de estudo da psicopedagogia, a teoria construtivista, e aspectos das dificuldades na aprendizagem, uma leitura tranquila e oportuna para educadores. É um material para pós graduação, mas bem acessível aos leitores de plantão...
BOA LEITURA...
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Depredação!!!!!!
A história contada por quem está no poder não passa de um "estória" contada muitas vezes com intuito de catequizar mentes desavisadas... Religiosos e representantes de reinados, chegaram em nosso país, como uma conversa mole de civilizar enquanto escravizavam índios e negros, praticando inúmeras violências contra estes, que eram considerados animais ou uma sub raça.
No inicio deste projeto civilizatório, os donos do poder, instituíram homens de almas vendidas e com sede de sangue pra concluírem trabalhos sujos como espancar, vigiar e até matar, o capitão do mato e que mata, ganha uma farda em nossos dias, e servem aos interesses de políticos que desviam verbas, que utilizam aviões, helicópteros e outros recursos ao bel prazer, deixando de lado as necessidades básicas do povo, como saúde, educação, moradia...
Sempre vi meu país como um lugar de cerveja, bunda e futebol, nada contra entretenimentos, mas parecia que nunca conseguiríamos nos revoltar e tomar alguma atitude, principalmente depois de anos em meio a ditadura, mortes ou ditos desaparecimentos. Não é cômico por ser trágico, os relatos contra as manifestações deflagradas em nosso território nos últimos dias, pois o que deveria ser visto como luta contra abuso de poder e a espoliação da vida de inúmeros trabalhadores condenados a uma sub vida com míseras moedas calculadas pelos interesses de grandes empresas, é televisionado e estigmatizado como vandalismo e violência desnecessária. Mas me pergunto se as pessoas que morrem e morrerão nas recepções de hospitais públicos não são vítimas de violências por parte de prefeituras e governos, ou melhor, de pessoas que constituem estes poderes? Pois é fácil utilizar estas palavras para despersonalizar comportamentos violentos, dirigidos à população indiscriminadamente com ares de serviço público, quando estes setores da sociedade e seus agregados são questionados, dizem ser a morte do cidadão por enfarto na entrada de pronto socorro, o espancamento, o desaparecimento de alguém como Amarildo no Rio de Janeiro, ameaças de morte, falta de condições nas escolas, creches, desrespeito ao trabalhador que é tratado como gado nos meios de transportes públicos, o abuso de adolescentes por homens do poder, e muito mais porcarias, como sendo um "simples caso isolado", "as providências cabíveis serão tomadas"...
Isso não é uma violência descarada? Não é uma depredação descarada de direitos das pessoas, não digo cidadãos, pois só o são aqueles que podem comprar, consumir, então prefiro a palavra pessoa, para englobar meus semelhantes que tem suportado a violação e a depredação de suas vidas, saúde, intelecto, emoções, em suma a existência de cada um de nós fica a mercê do desejo predador do poderosos, que quando lhes convêm dizem que manifestações na Europa ou Oriente, mesmo com mortes e quebra quebra, são justas por reivindicarem governos mais democráticos, enquanto que aqui em nosso país temos que aguentar de forma ordeira, e pacífica os maus tratos dos poderosos e as borrachadas de seus capitães do mato... Até quando a ordem será a mão opressora e mascaradora da violência sobre a população, enquanto o progresso econômico de uma minoria faz com que esta se lambuze sobre os cadáveres de Amarildos ajudantes de pedreiro, professores, guaris, domésticas, motoristas, babas, todos nós...
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Insônia!!
-Putz!!! Não vou dormir...
Sai Regor caminho à praia, mesmo passando das 0 hs, meio sem rumo ouvindo as ondas, resolve passar na casa do Xango, o brother poderia estar no segundo sono, mas foda-se iria acordá -lo, foi o que pensou. Era uma caminhada tranquila pra quem vinha de uma cidade gigante pra realidade momentânea, mesmo assim passava por uma zona de meretricio, o que não chamava à minima atenção de Regor que desejava muito mais, era tomar um trago.
Naquela noite, Odracir deitou cedo, moído depois de dar várias aulas, e num sonho possivelmente bom curtia seus roncos... Enquanto isso, Regor, solta a tela contra mosquitos da janela da sala, pois Odracir resolveu fechar a porta naquela noite, e ao escorrer janela a dentro um pedaço da camiseta ficou em um dos pregos, ao se levantar e olhar aquela escuridão, o visitante ruma para o quarto que com uma luz e som bem baixo chamava a atenção, encontra Xango roncando e ainda assim resolve chamar o amigo e sugerir um rolê...
- Filho da puta, uma hora dessas!!!!! Beleza deixa eu ver minhas moedas...
- Pronto com suas moedas e as minhas da pra arrumar um gole bom e a gente fica na beira mar só curtindo o som...
Após contarem e recontarem as moedas, compram um licor de cacau achando que fizeram a noite, mas logo depois de 30 minutos tomando aquilo não suportavam o doce da bebida, pra não reclamarem muito partiram pra canábis e ficaram curtindo as ondas e falando bobeiras até o amanhecer, e lógico que ao se despedirem os óculos escuros seriam os escudos contra uma rotina nada miraculosa...
Escadas!!!!
Nas escadarias de saída de um hospital, que davam no estacionamento do subsolo, encontrei uma dependente química, um sobrevivente de viagem aérea, e um sujeito falante e espalhafatoso com um pedestal metálico com três frascos ligados às suas veias. Depois que me visitei e meio desnorteado, caminhava pro meu carro e me deparo com essas figuras, o que mais me impressionou fora o flerte da dependente e do sobrevivente, foi o comentário do cara com o pedestal, enquanto todos eles desfrutavam de grandes tragos nos seus cigarros:
- Sabe eu estou me sentindo muito alegre esta manhã, e no fundo, no fundo eu gostaria de engarrafar esta sensação pro dia da minha morte, poder tomar as últimas gotas de minha existência com gosto de nicotina e uma boa conversa com desconhecidos...
quarta-feira, 17 de julho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Minh'alma
Onde estás??? ohh!!! Minh'alma?
Quais são as páginas que te leem
E as teias que te prendem???
Deixaste o vazio, e com ele a possibilidade
De dor, de alegria,de lágrima, de agonia
A matéria e energia dançam no vácuo, criando
Cantando e gritando...
Onde estás??? ohh!!! Minh'alma
Quais os lábios que sorvem seu néctar, o tato que
Sente sua textura, que corrompe sua ternura???
Foste terna, maligna, doce, mas vadia...
Tua herança é o nada, é o ódio, é espada
Não de dois gumes, mas, de quatro
Quatro cumes, de grande altura, de grande arrogância
De belas visões, grandes vulcões e erupções
Sua lava não limpa, mas é distinta
Não destrói, mas constrói
E a bela vegetação cresce, verde, chamando esperança
Mesmo que regada com a chuva ácida de minhas lágrimas
A ação, a potência e a existência brincam de roda
Alegrando e preenchendo o vazio.
Mas qual o teu leito e o teu convento, meretriz dos meus sonhos???
Enquanto não dizes sobre teu paradeiro
Este seu desprezado parceiro, caminha gritando
Onde estás??? ohhh!!! Minh'alma!!!
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Seria Fácil
Mais fácil seria...
Se o amor não fosse oferecido
E se a amizade houvesse rompido
O que foi e o que é, não é o que eu queria
Mais fácil seria...
Com o unguento certo para alma
Porque as lembranças não são cicatrizes,
Mas feridas que lateja na alma
Um murmúrio contínuo
E as bestas da escuridão com seus bramidos
Despertam medo e quase ensurdecem os ouvidos
Sim!! na tentativa de enclausurar e criar...
Criar suas proles que semeiam o desatino
Desatino que vai, num caminho longínquo
Caminho, chamado vida...
Distância, chamada idade...
Harmonia, maturidade, e para isto
É necessário outra base
Subjetiva, objetiva, sintetizada...
Despertar!!
Quero dormir...
Mas não pesadelo!!
Quero comer...
Mas não o pão que o diabo
amassou!!
Quero sexo...
Não AIDS, nem DSTS!!
Quero casa...
Mas não um financiamento
eterno!!
Quero prazer...
Não fazer mal para os
outros!!
Quero justiça, liberdade,
paz...
Acho que peguei no sono!!!
Quero acordar...!!
Existe?!!
Gastei!!
Tempo, alma, dinheiro...
Perdi!!
Amor, beijos e paz...
Desejei!!
Nova vida, comportamentos e pensamentos...
Idealizei!!
Soluções, paixões, descanso...
Senti medo!!
dos outros, e de mim...
Chorei!!
Por dentro, pois às lágrimas secaram...
Adorei!!
deus, à humanidade e agora, o nada...
Neguei!!
deus, eu mesmo, e o determinismo...
Dentre tantas coisas, posso dizer que simplesmente, existo??!!?!
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Boa Conversa!!!
Fim de partida!!! Os torcedores vão à loucura, inclusive Lourenço. Ele e Fernando vinham acompanhando o campeonato gol a gol, e agora curtirão a comemoração.
Vitória, como nos últimos meses, espera seu esposo voltar da festa "Dionisíaca". Lourenço e ela estavam juntos há alguns anos, ele era um bom matemático e resolvia rápido certos problemas, isso lhe garantiu uma boa colocação num Banco da cidade, se tornou compulsivo por trabalho e mais ainda pelo futebol, enquanto sua esposa cuidava dos afazeres domésticos, o que lhe causava enorme tédio.
Fernando era um conhecido da torcida organizada, que frequentava a casa do casal há anos, elegante, educado, "uma boa conversa", conheceu Lourenço em uma festa de comemoração às avessas, pois o time deles havia perdido, e no desafogar das mágoas, os dois terminaram num boteco comendo pastel em plena seis da manhã e falando de futebol, hoje em dia vão mais cedo embora pra casa.
O telefone toca na mesa de Lourenço e a telefonista diz que é seu amigo:
- Me passe a ligação, Renata, por favor!!
- Sim Senhor!
- Lourenço, é o Fernando, to querendo saber que dia vamos ao próximo jogo??
- Vou ver na internet, e te ligo pra confirmar, mas vai em casa na sexta que é bem provável que vamos pro estádio, falô??
- Tá, apareço pelas oito, depois que sair do trabalho, um abraço!
A conversa dos dois por telefone era sempre rápida. Por coincidência, Vitória havia planejado um jantar à luz de vela com o esposo em plena sexta, mas a semana transcorreu sem mais novidades a não ser alguns telefonemas demorados que Lourenço atendia no trabalho. Na sexta de manhã Vitória se regozija de tanta alegria por ter conseguido todos os ingredientes e aditivos para o jantar, Lourenço sai como sempre para o trabalho e nota que sua esposa está radiante:
- Vitória, você tem alguma novidade, aconteceu alguma coisa??
- Não, nada. Só estou de bom humor!!! Responde Vitória com um sorriso travesso no rosto. O dia estava lindo, com um sol esplendoroso e com uma brisa que trazia a sensação de harmonia, Lourenço recebeu mais um telefonema demorado e quando estava próximo de terminar o expediente, ele pediu que a telefonista ligasse para sua casa, queria falar com Vitória.
- Senhor Lourenço, sua ligação...!
- Obrigado Renata!!
Lourenço começa a conversa se desculpando, pois trabalharia até mais tarde e correria para o estádio e pediu para esposa guardar a comida no micro-ondas, Vitória sem reclamar concordou apesar de sua tristeza, ela resolveu abrir uma das garrafas de vinho que havia comprado e senta no sofá olhando pra mesa toda arrumada e com as velas por acender, tomou alguns goles e acabou cochilando no sofá. Desperta assustada com o toque da campainha, pede um momento, corre para o banheiro e se arruma na frente do espelho, toma postura e elegantemente se dirige à porta, ao abrir, da de frente com Fernando, que com ar de espanto da um passo pra traz e diz:
- Nossa Vi, você ta simplesmente magnífica nesse vestido, seu esmalte e batom nem se fala, vocês estão de saída?
- Que nada Fernando, entra vai, te explico...
Fernando ao entrar vê a mesa pronta, logo imagina o que poderia ser tudo aquilo, e senta no sofá enquanto Vitória coloca um DVD de um show que gostava de assistir e oferece um pouco de vinho pro seu visitante.
- Então Fernando, mais uma vez seu amigo me deixa na mão, planejei tudo a semana toda e hoje to eu aqui de bobeira e ele disse que vai pro estádio...
- Putz!! É isso, eu até me esqueci, vim aqui pra encontrar com ele e irmos juntos ver o jogo!!!
-Ahh!!! Não, você também não né, fica e janta comigo pelo menos e depois vai, faz o seguinte liga pro Lourenço e avisa, assim você já sabe se ele tá terminando o serviço...
- Tá bom!!! Fernando pega o celular e tenta ligar várias vezes no celular do amigo e nada, tentou no número do serviço mas ninguém atendeu também, achou estranho mas resolveu ficar, afinal havia saído do trabalho há pouco e a comida estava com um cheiro maravilhoso, pois Vitória estava a esquentá - la.
Os dois jantam e tomam seus vinhos conversando empolgadamente, terminam de assistir o show e começam a conversar sobre filmes, cinema, arte, religião, ciência e outras loucuras, até um deles olhar o relógio e perceber que era tarde, Vitória separa um pouco de sobremesa e dá para o amigo levar, Lourenço chega de madrugada cheirando a cerveja, e mesmo depois do banho ainda exalava o cheiro.
Na manhã seguinte Vitória disse ao esposo que seu amigo o esperou por um bom tempo, e que ficou para o jantar, Lourenço ligou para o amigo e se desculpou, marcando outra data para irem ao jogo, mas novamente o desencontro acontece e Fernando fica de companhia para Vitória, isso repetiu - se algumas vezes até que Fernando sem graça pela situação resolve manter contato apenas por telefone com o amigo, que narrava empolgadamente os jogos e comemorações, sem mencionar que o amigo lhe fazia falta.
O entusiasmo pelo futebol diminuiu, novos interesses nasceram, sem falar que o trabalho exigia cada vez mais no último mês. Nando, depois de um tempo sem entrar em contato com o amigo resolve ligar:
-Senhor Lourenço??
-Pois não Renata?
-É seu amigo, Fernando...
-Pode passar a ligação, então...
Os dois camaradas conversaram empolgados como se não morassem na mesma cidade, relembraram jogos e comemorações memoráveis, até Nando diminuir o ritmo da conversa e mencionar sua transferência, disse que mudaria aquela semana, que teria muita coisa para organizar mas gostaria muito de tomar uma cerveja com o amigo para se despedir, no entanto, os horários de Lourenço não batiam, então resolveram tomar um café da manhã no fim da semana. Lourenço durante a semana recebeu outro telefonema daqueles demorado, e depois com um sorriso no rosto vai até a telefonista e lhe pede para conseguir um buque de flores para o outro dia bem cedo e que fosse entregue para Vitória logo após o almoço, pois de manhã iria se despedir do amigo, e à tarde prepararia uma surpresa para esposa, afinal, ganhou uma bolada em investimentos e apostas que fez nos últimos meses.
Os dois colegas passaram à manhã da sexta na padaria de costume, e depois de uma conversa calorosa que começou com café e terminou com uísque, se despedem com o compromisso de logo em breve tornarem a se falar. Lourenço corroído por uma ansiedade quase insana, vai até uma joalheria e ao escolher uma joia pensa que nos últimos meses ele não tinha sido um bom esposo, mas tinha certeza que o brilho maravilhoso daquele colar sanaria as falhas que tanto lhe perturbavam. No fim do dia correu para sua casa e achou estranho que todas às luzes estivessem apagadas, ao entrar a acender às luzes, vê uma carta aberta sobre a mesa em que Vitória dizia:
Lolo!!!
Olá!!! desculpe pela falta de jeito dessas linhas mal escritas, mas como não temos conversado muito nos últimos meses, essa foi a saída que escolhi, fique tranquilo pois como você gosta, deixei comida pronta no micro ondas, as cervejas gelando no freezer, e o manual da lavadoura de louças está sobre a geladeira. Sinto muito por não ter compartilhado de sua vitória profissional e das vitórias futebolísticas, mas posso lhe agradecer por compartilhar comigo à amizade do Fernando, pois quando estiver lendo este bilhete, eu e ele estaremos voando provavelmente para Europa, lhe desejamos muita felicidade e vitórias, pois esta (Vitória) que lhe escreve, já faz parte de suas lembranças.
Vitória...
- Nossa Vi, você ta simplesmente magnífica nesse vestido, seu esmalte e batom nem se fala, vocês estão de saída?
- Que nada Fernando, entra vai, te explico...
Fernando ao entrar vê a mesa pronta, logo imagina o que poderia ser tudo aquilo, e senta no sofá enquanto Vitória coloca um DVD de um show que gostava de assistir e oferece um pouco de vinho pro seu visitante.
- Então Fernando, mais uma vez seu amigo me deixa na mão, planejei tudo a semana toda e hoje to eu aqui de bobeira e ele disse que vai pro estádio...
- Putz!! É isso, eu até me esqueci, vim aqui pra encontrar com ele e irmos juntos ver o jogo!!!
-Ahh!!! Não, você também não né, fica e janta comigo pelo menos e depois vai, faz o seguinte liga pro Lourenço e avisa, assim você já sabe se ele tá terminando o serviço...
- Tá bom!!! Fernando pega o celular e tenta ligar várias vezes no celular do amigo e nada, tentou no número do serviço mas ninguém atendeu também, achou estranho mas resolveu ficar, afinal havia saído do trabalho há pouco e a comida estava com um cheiro maravilhoso, pois Vitória estava a esquentá - la.
Os dois jantam e tomam seus vinhos conversando empolgadamente, terminam de assistir o show e começam a conversar sobre filmes, cinema, arte, religião, ciência e outras loucuras, até um deles olhar o relógio e perceber que era tarde, Vitória separa um pouco de sobremesa e dá para o amigo levar, Lourenço chega de madrugada cheirando a cerveja, e mesmo depois do banho ainda exalava o cheiro.
Na manhã seguinte Vitória disse ao esposo que seu amigo o esperou por um bom tempo, e que ficou para o jantar, Lourenço ligou para o amigo e se desculpou, marcando outra data para irem ao jogo, mas novamente o desencontro acontece e Fernando fica de companhia para Vitória, isso repetiu - se algumas vezes até que Fernando sem graça pela situação resolve manter contato apenas por telefone com o amigo, que narrava empolgadamente os jogos e comemorações, sem mencionar que o amigo lhe fazia falta.
O entusiasmo pelo futebol diminuiu, novos interesses nasceram, sem falar que o trabalho exigia cada vez mais no último mês. Nando, depois de um tempo sem entrar em contato com o amigo resolve ligar:
-Senhor Lourenço??
-Pois não Renata?
-É seu amigo, Fernando...
-Pode passar a ligação, então...
Os dois camaradas conversaram empolgados como se não morassem na mesma cidade, relembraram jogos e comemorações memoráveis, até Nando diminuir o ritmo da conversa e mencionar sua transferência, disse que mudaria aquela semana, que teria muita coisa para organizar mas gostaria muito de tomar uma cerveja com o amigo para se despedir, no entanto, os horários de Lourenço não batiam, então resolveram tomar um café da manhã no fim da semana. Lourenço durante a semana recebeu outro telefonema daqueles demorado, e depois com um sorriso no rosto vai até a telefonista e lhe pede para conseguir um buque de flores para o outro dia bem cedo e que fosse entregue para Vitória logo após o almoço, pois de manhã iria se despedir do amigo, e à tarde prepararia uma surpresa para esposa, afinal, ganhou uma bolada em investimentos e apostas que fez nos últimos meses.
Os dois colegas passaram à manhã da sexta na padaria de costume, e depois de uma conversa calorosa que começou com café e terminou com uísque, se despedem com o compromisso de logo em breve tornarem a se falar. Lourenço corroído por uma ansiedade quase insana, vai até uma joalheria e ao escolher uma joia pensa que nos últimos meses ele não tinha sido um bom esposo, mas tinha certeza que o brilho maravilhoso daquele colar sanaria as falhas que tanto lhe perturbavam. No fim do dia correu para sua casa e achou estranho que todas às luzes estivessem apagadas, ao entrar a acender às luzes, vê uma carta aberta sobre a mesa em que Vitória dizia:
Lolo!!!
Olá!!! desculpe pela falta de jeito dessas linhas mal escritas, mas como não temos conversado muito nos últimos meses, essa foi a saída que escolhi, fique tranquilo pois como você gosta, deixei comida pronta no micro ondas, as cervejas gelando no freezer, e o manual da lavadoura de louças está sobre a geladeira. Sinto muito por não ter compartilhado de sua vitória profissional e das vitórias futebolísticas, mas posso lhe agradecer por compartilhar comigo à amizade do Fernando, pois quando estiver lendo este bilhete, eu e ele estaremos voando provavelmente para Europa, lhe desejamos muita felicidade e vitórias, pois esta (Vitória) que lhe escreve, já faz parte de suas lembranças.
Vitória...
quarta-feira, 5 de junho de 2013
outras indicações!!!
O Ensaio de Michel Lacroix, " O culto da emoção", que não tem nada haver com religiosidade e sim uma reflexão a respeito das emoções em alguns momentos históricos e suas influências na contemporaneidade principalmente na interação da subjetividade (tão racionalizada) com a realidade, é de linguagem simples e estimulante na reflexão.
O outro título é "Razão e Sentimento" de Jane Austen, publicado em 1811, que fala de hábitos e costumes de famílias europeias do Século XVIII, o que talvez não chame muito atenção, mas a trama psicológica é interessante, linguagem simples entre momentos cômicos e de extrema angústia, para os novatos na leitura talvez seja penoso o volume do livro, mas a obra é muito boa.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Solidão
Longo é o caminho...
De rosas, de espinhos, de flores e tambores
Que urram, e com harmonia embalam as estrelas
Estrelas que não são, mas que estão fingindo
Fingem que são e com sofismas nos enganam
Nós somos, e ainda seremos
Falsos ou verdadeiros, estranhos ou companheiros
Numa viagem, ou estalagem, talvez em embalagens
Que mercadoria é esta que vai pelo caminho???
Valioso, desdenhosa, o que importa??
Não conheces o final da estrada, tens apenas idéia
Com uma voz abafada, continuas pela via
Via??Não !! Vejo...
Olhos molhados, corações quebrados, e amizades
Cadela? Não, como aquela, entre
Júlio e Brutos: Até tu?
Mas, nem mesmo reinos e prazeres, podem destruir
O que de verdadeiro este caminho está a construir
A amizade alimentada pela saudade, e que verte
Da veia, não de sangue e que não é feia
Mas da vertiginosa compaixão, que luta na luz e escuridão.
Donzela no tratar e rainha no fortalecer,
Amizades e sonhos ela conquista e traz ao que jaz em escuridão
E tudo isto ela faz rompendo
O longo caminho, que se chama solidão...
domingo, 26 de maio de 2013
Diversão
Boneco, fantoche, brinquedo...
Tire daí o seu dedo!!!
Dedo, de indicação, de acusação
Ou será consumação? Do que??
De aprendiz a emancipado
De educador a tapado
E aí, no que vai dar o seu fado?
Fracasso, vitória, abandono, tesão?
Que droga, que confusão...
- Ei, amigo!!!
Amigo? que nada...
Comédia, enrascada, bandido...
Aparência, cuidado, continência
Coronéis, e outros lugares
Não são ímpares, mas pares
Que dançam à luz de sentimentos repetitivos
Que se repetem, que se mantêm
Muito valor, às vezes nem um vintém
Alma, castelo de emoções
Em outros lugares ou em bordéis
E em todos os lugares estão os...
Bonecos, fantoches, brinquedos...
Culpado
Culpado eu sou!!!
Talvez por não ter lutado, por não ter amado
Quem sabe por não entender,
Eu marquei, machuquei e deflorei o mais puro sonho
Querendo compreender, satisfazer
As boas lutas desvaneceram, mas alto está o punho
E que cunho tem???
Sobrevivência, revolução, sadismo, narcisismo
Certeza não se tem...
Sentimentalismo, funcionalismo?
Vá tudo às favas...
A vitória parece ser do fanatismo, ou sei lá de quem
Ahhh!!!! Ser maldito e efêmero
Qual é teu alimento ???
O desprezo, o descaso, mágoas ou sua culpa???
No teu sangue a violência toma uma forma bela
Às vezes confusa...
O desejo de apertar um gatilho e despedaçar
Traz à luz um gosto impressionante
E um prazer inigualável, e o sangue quase borbulha
Mas a piedade faz do assassino o enfermeiro...
E a dor, traz uma pseudo-harmonia
Que alivia, que anestesia
Culpado, eu sou!!!???
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Ao Senhor Nefasto
No cimento tua força
No túmulo tua fraqueza
És nobre, És realeza...
E aos pés da forca, da cruz e guilhotina
Pensaste vencer
Doce ilusão...
Nos porres, na AIDS e abortos
Ficamos absortos, mas tu mesmo traz a cura
Pois eterna não é tua agulha
Sofrimento Nefasto Dor
És tu príncipe da escuridão e multidão,
Multidão de peregrinos somos em tuas terras,
Mas no acender das velas tua força desvanecerá
A redenção eterna virá, e lágrimas já não brotarão
Como o desabrochar do botão, estaremos entre povos
No seio da verdade, a caminho da real vida
Com celebração, júbilo e canções,
Tuas armas se desfazem
E por isso lhe agradeço Sofrimento, pois,
A cada tormento a cortina se abre
E contemplo o grande Artista em sua performance eterna
Alegrando-me, me fortaleço e cresço
Tocaste em mim e nos meus
Mas fomos comprados, sei que és nosso tutor ainda
E que restam tumores e chagas, mas não sucumbiremos
Às tuas pragas.
O grande Artista deu-nos suas obras
Que geram promessas e esperança,
Um dia nos procurará, mas teremos partido
Com o bálsamo da mensageira sobre nós...
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Contrato dos Sentidos
Tempo sem tocá-la
Impossibilidade de amá-la
A plenitude foi suspensa
Lei natural, lei contratual
O que me impede de ser natural?
O instinto grita a razão cala
Até quando Desejarei???
Correrei e implorarei
Manifestarei, a dor, a raça
Espontaneidade, responsabilidade..
Não é tão fácil, mas necessário
Necessário? talvez, porquês, escassez
Desejo maligno, divino, inspirador...
Cult? Que nada, futilidade, transpiração
Tesão, suor, jogo.
Desgraça, o que é???
Ninguém sabe, mas a vivenciam
A cada momento
Esperando a realização
Erupção, corrupção
Suavidade, vaidade...
De quem é o maior grito?
Dos olhos, do tato, olfato
Talvez paladar, audição,
maldição...
Quem serei???
Tens um trocadinho?
Sim!! um trocadilho, tenho
Não me entendeste...
Claro que entendo
Moço, não quero verbo, nem artigo
E sim um abrigo, e talvez trigo.
Pois, antepassados que aos gritos da cruz
Sucumbiram nus, hoje não são
Um dia estiveram, mas, já não estão
No solo sagrado foram sangrados
Como porcos cachaços, caíam aos passos
E sob o canto dos pássaros...
O tambor calava, a dor se estampava
E a herança era o nada
Nada de espelho, é nada o que tenho
Mas ainda procuro a tal esperança em que tanto penso
Aquela que pela estrada se vai...
Como quirera de milho, que moído
A tiro, já não está no pilão
Sou índio, nação, que nos semáforos se esvai
O vermelho do sangue, hoje é vermelho de "Pare"
Pare!! de explorar, de ignorar, e estigmatizar
Quero o digno e não o fino, verdades e não mentiras
Um braço, uma mão, alguém que ampare
Não me entendeste...
Mas, um trocadilho, eu lhe dei!!!
E o seu pasmar mostrou-me quem sou, e serei...
Então te pergunto: Tens um trocadinho?
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Porque lembranças não são cicatrizes mas feridas que latejam na alma.
Livro de poesia publicado em 2003 na Biblioteca Pública de Londrina - Pr.
Autores: Diogo Luis Cerutti, N.Gregório dos Santos, Roger Saldanha.
Narcisa Inspiração
No traço do artista
Na força do malabarista
O desenho não há
Mas a corda bamba ali está
Entre cair e permanecer
Vem à tona o ser, os seres,
Os pássaros cantam e as pedras
Amortecem os passos que querem ver
Você. Que nas águas serenas e no
Manto cinza do céu, a face nos nega.
As crianças te vêem, os velhos te sentem
Não só no pó, mas em todo o Igapó.
Profano teu sacro esconderijo
E com o lombo rijo absorvo a dor
De não entender, mas querer
Mais de ti, mais viver...
Inspiração é teu nome
E narcisa o sobrenome
Tentas te esconder mas não consegues
Encontramos-te no mel, no fel
No terno, no inferno
Na cama de amantes, e até mesmo
No choro do bebê, ali estás.
Não descansarás jamais amaldiçoada
Quando os olhos não te enxergam
É pela presença das lágrimas
Que por tua lascívia saíram de casa.
Amante de homens, mulheres
Crianças, e velhos, escrava serás
No amanhecer e anoitecer encontrarão teu leito,
Sofrerei com o tempo mas em ti ruga não se verá
Matrimônio eterno contraíste
E o repúdio não terás
Narcisa é teu sobrenome
Inspiração o nome...
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Indicação de livros...
Tenho duas indicações pros visitantes do virtualidades e loucuras, um é ELES NÃO USAM BLACK - TIE de Gianfrancesco Guarnieri, que fala das durezas da periferia brasileira e desencontros amorosos e familiares num contexto em que a luta sindical no país estava se formando, é uma peça e tanto...
Outro livro excepcional é A DAMA DAS CAMÉLIAS de Alexandre Dumas (filho), que retrata os prestígios e amarguras pro trás da vida das cortesãs, e o conflito de interesses sociais e morais da época, vale a pena conferir...
sábado, 11 de maio de 2013
"Um Qualquer"
Num ponto de ônibus, Tanáto, espera sua condução e percebe que "Um Qualquer", chega eufórico e sorridente.
- Irmão!!! Tava querendo te ver, sei que a gente se estranho algumas vezes, mas preciso te pedir uma coisa!!! Diz "Um Qualquer".
Desconfiado, pois conhecia a fama de seu interlocutor, Tanáto pergunta:
- Do que você precisa??
- Quero sua permissão pra fica com sua irmã, achei ela linda, e numa balada antes de ontem nós curtimos uns roles e parece que rolou um negócio entre a gente... Se não vai fica bravo comigo, vai?? Disse "Um Qualquer".
Olhando pros lados, pro alto e depois fixando o olhar no chão, Tanáto deixa uma lágrima escorrer e sorri, antes de dizer:
- Você perdeu seu tempo, não disse e não fez o que desejava, embriagou- se ou moralizou demais o momento que teve, com insanidade ou bom senso, o que foi não voltará. Não tenho nada contra ti, até te levaria comigo em minha caminhada, mas ando só e o que posso lhe dizer é que não verás mais Medusa, teve uma overdose ontem numa balada com Apolo e Dionísio, desculpe.
Tanáto, entra no ônibus, e sabe que em outra hora levará "Um Qualquer" para passear...
Vamos almoçar!!
- Ei você!!! É, de frente com a caixa mágica...Chega aqui, vou te mostrar como consigo mudar os animais da minha caixa também...!!!! Saindo de frente a TV, o moscão pousa do lado de um mouse e cumprimenta o mosquinha.
- E ai??!!Me conhece de onde?? Diz moscão.
- Vi você almoçando com uns tipos estranhos, na área daquele bicho peludo e babão. (Zaira, cadela da família que mora na casa). Comentou mosquinha.
-Ahh!!! era despedida de solteiro do Ricão, ele saía com muitas, mas parece que se converteu há algum grupo espiritual, não tocou em nada naquela noite... Eu em compensação me perdi num liquido amarelado com cheiro forte que deixaram num baldão...
Mudando incessantemente as imagens no computador, com seus pulos frenéticos no mouse, diz mosquinha;
Mudando incessantemente as imagens no computador, com seus pulos frenéticos no mouse, diz mosquinha;
-Eu sou um tanto sozinho, acho que meu papo perturba um pouco os outros, então procuro a solidão, mas percebo uns tipos que vale a pena conversar, penso que você é um desses... pulando sobre o botão esquerdo do mouse e mudando a imagem. Enquanto moscão observa encantado os pulos e a habilidade em falar ao mesmo tempo, continua a ouvir o colega;
-Se já viu essas fêmeas??? Elas não tem asas mas se mechem com esmero!!!! Num parece que é pra procriar não, pois se mechem e fazem uns barulhos estranhos!!É só eu dar um pulinho que aparecem outros tipos de fêmeas na minha frente. Mudando de assunto, se tem filhote??
-Há mosquinha, esse negócio de respeitar o ciclo da natureza e pega uma fêmea pra ter filhote, diz que é ultrapassado...O negócio é voar por ai e tomar cuidado com os aerosóis!!! Tá vendo os bichos desse lugar (humanos), o macho e a fêmea saem cedo, os filhotes carregados as pressas, sei lá pra onde, e quando voltam é só ligar a caixa mágica e todos ficam quietos, isso quando não visitam a sua área e ficam aqui (computador) e lá ( TV ) me perturbando também, se alimentam e logo ficam na escuridão, no outro dia a mesma coisa.
-É parece que se tivessem asas seriam mais felizes, vi na grande caixa mágica que um desses espécimes explodiu um lugar e quando ele morreu não deixaram colocá-lo no chão onde outros bichos haviam sido colocados, diziam que não merecia, mas os que diziam isso, parece que sentiam algo chamado perdão mas que estava enfraquecido e não fazia mais diferença, outro caso estranho foi um macho deles que prendeu três fêmeas e ficou com elas um bom tempo e não era pra ter filhotes somente, e nem pra gostar como é do mundo desses bichos, era só pra sentir o que eles chamam de prazer, sem falar de outros bichos que usaram um liquido estranho pra botar fogo numa fêmea que disse não ter o que eles chamam de dinheiro, onde esse mundo vai parar Moscão??? Que nojeira!!! Olha!!Os bichos terminaram de comer, vamos almoçar, hoje a comida é especial, afinal não é todo dia que uma fêmea é homenageada por ter seus filhotes...!!!
Fim de jogo.
Game over!!! ponho a mão no bolso, nenhum centavo...
Sento na praça anestesiado, acho que joguei bem...
Levanto do banco e engrosso o número das estatísticas de desemprego!!!
Ops!!! Nova realidade com pitada de antiga, o cheiro é o mesmo!!
A programação não mudaria, mudei eu...
Amanheço sem barba e cabelos, direcionei a ansiedade...
Nãããooo!!! Adiantouuuu!!!, provas, prazos, produção, pesquisa, puta q ...!!!
Ufa!!! Passou o trator cientifico, agora é pestanejar pra logo mais, tentar entrar no jogo
e fugir do anuncio; Game over...
sexta-feira, 3 de maio de 2013
O olhar!!!!
O pai dele morreu!!!
Putz!! O moleque só tem nove anos!!!
Tá lavando peças de carro num ferro velho...
O garoto é CDF, ou melhor, estudioso...
A mãe é amorosa, chega a incomodá- lo...
Um tio, é alcoolista, morreu por misturar remédios e bebidas...
O outro voltando do trabalho foi surpreendido na contra mão...
Nem casa própria tinha!!!!!!
Primo, muito louco!!!Preso, solto, assassinato!!!
Alta velocidade, morre no cruzamento, capacete solto, cérebro, já era!!!
Vou comprar cigarro!!!Você nem fuma!!!!
Um obstáculo na frente!!! Distração, e pronto, Morte!!!!
34, 21,23 idade ?... Não interessa!!! Tudo muito rápido!!!! Sem tempo...
Sem arrependimentos, sem despedida, agora e depois, nada mais...
Prima, encontrada num mocó, disseram que tava grávida!!!
Quem sabe????
Onde você está? O que faz? Está pronto???
O mistério final espera a todos seres que se dizem vivos....
Eu vi o menino!!!Momento antecipado...
Comprimidos, um pouco de indiferença, e um corpo é encontrado!!!!!
Simplesmente sentado, olhando pro vazio...
Pessoas passando, a lágrima descendo!!!!!
As pessoas acham que é frescura...
Mas é a dor que alucina, e que imobiliza, músculos, nervos, e muito mais...
Alguém sentado, é encontrado!!!!!
Depois de horas, depois de dias, no mesmo lugar, no mesmo banco...
Só o olhar não é o mesmo....
sexta-feira, 26 de abril de 2013
"Para isso!!"
Fui expulso do paraíso!!!
Viajei pelo universo depois do Big - Bang!!
Disputei forças com deuses e a Natureza...
Derrubei reis, mas elevei crápulas!!!
Calor, industrias, e bombas, eu usei...
Sou livre e escravo...
Tenho bom senso, mas sou insano...
Os sacros caminhos foram implodidos...
A moral, foi posta debaixo dos panos...
Massacres e mortes hediondas, são apenas fatos isolados...
Me tornei analfabeto moral, afetivo, funcional...
Um novo herói nas manchetes, "O Dinheiro"!!
Seu amante, "O Consumo"!!
Tornei- me prole deste incesto Calculado...
Sou bondoso e maldade pura!!
Covardia e coragem!!
Individualista com camaradagem...
Sou anjo e demônio...
Santo e profano...
Penso, mas emburreço.
Quero uma alma nova com duplo processador!!
Talvez amenize minha angústia, meu pasmo e minha dor...
Mundo de significados e símbolos criados...
Convenções de quem tem poder,
"Com ventos" de podridão...
Tecnologias e aves de rapina alimentadas!!!
Na técnica me formei, e de mim, me afastei.
O paraíso foi corroído ...!!
terça-feira, 16 de abril de 2013
Cansaço!!!!!
O cansaço tá grande!!!
Muitas conversas, e quando eu não queria falar...
Então ouvi, ou fiz que ouvi...
Confusão, relação, faturas, e as apostilas que não chegam!!!
Macarrão com ovo, e cabeça no travesseiro...
A música tocou, era meu despertador!!!
Parei frente ao mar e tentei lembrar...
O que, e pra quê?Sei lá!!!
Queria mesmo era a brisa, mas não no rosto e sim na alma...
Sem tempo pra saudosismos, tenho hora pra chegar!!!
Conversas, favores, e temores...
Me refugiei numas linhas de um livro qualquer...
O duro, é que senti a vida mais absurda do que na manhã!!!
Conquistas, sentidos, finalidades, obrigações, realizações...
Às vezes tudo parece banal, às vezes...
É, o cansaço tá Grande!!!!!
Boa noite, a todos que não conheço e que talvez estejam cansados, e lógico, pros amigos também!!
sábado, 13 de abril de 2013
Madrugada!!!
Madrugada difícil, virando de lado a lado!!!!
Puta!!!! São 4 da manhã!!!!
Visitas!!!É, eles chegaram!!!!
Hora de trampar!!!!
Corpos no chão...
Ainda bem, todos vivos!!!!
Tento o silêncio, mas fechar a porta foi uma missão!!!
O relógio corre, as ruas vazias...
Penso nas horas e ouço a corrente da bike!!!
Palco armado pra inglês vê!!!
Cheguei, o café tava um chá!!!!
O dia vai ser longo!!!
Tento mais um dia...
Luto mais uma vez...
Risadas amarelas, dignas de civilização...
A madrugada foi difícil, e rumo pra mais uma, e com muita chuva!!!!
sexta-feira, 12 de abril de 2013
No ar!!!!
Gostaria de me resumir...!!!
Falar sobre a vida com propriedade...
Mas como fazer isso com sobriedade??
O trabalho e a rotina parece que me
entorpece e me faz sumir...
Maravilhar me, mas como??
Tudo parece efêmero, fugaz...
Até eu e meus sonhos, parecemos fagulhas...
Sou agulha no palheiro das galáxias...
Projetar me, mas como???
Sou evanescente, minha solidez se desmancha no ar!!!!
Simplesmente orgulhoso, amoroso, sincero!!!
Mas também maldoso, que fagulha é essa??
Quais átomos fariam isso???
Essas células são loucas!!!!!
Sonho, choro, me alucino, e acredito!!!!
Lógica??? Nessa porra toda???
Se tá louco??!!!
Quero ver mais, e quando for a hora...
Gostaria de me resumir...!!!!
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Espelho!!??
O espelho reflete a violência da natureza?
Ou nossa, contra nós mesmos?
Talvez seja um simples bailar...
Onde conduzimos ou acompanhamos...
As emoções, não mexem só com nossas entranhas, marcam nossa face!!
Vícios e virtudes, arados eficientes pro solo chamado alma!!
Mais ainda, quando olhos alheios afiam suas lâminas...
No baile do dia-a-dia, semeiam e semeamos, na tentativa de criar ou destruir...
Espelho, espelho meu...
Seria violência, as emoções, ou o arado que me aperfeiçoa???
Seja o que for, vejo é um projeto a projetar -se...
terça-feira, 2 de abril de 2013
A gorjeta
- Dona Gilda, seu filhinho está pronto, cortamos curtinho, usamos o shampoo e o condicionador que a senhora pediu...
- Quanto foi o serviço, querida?
- 250,00 Dona Gilda, com a colônia... Diz Telma.
A mãezona, com ar esnobe, tira da bolsa algumas notas presas num pequeno elástico amarelo, o que faz Telma acreditar que ganharia uma boa gorjeta naquele dia, mas ao pegar o dinheiro, percebe que havia apenas 1,00 real a mais, se enfurece e comenta com a colega de trabalho:
- Velha mão de vaca!!! Gasta quase 300,00 com o filhinho dela e dá uma gorjeta miserável dessa.
Quase chegando no carro, Gilda é abordada por um garoto:
- Tia, tem uma moeda??
- Sai daqui seu delinquente, sujo!!!!!!
O pequeno numa expressão de raiva, avança sobre a mulher que grita: -Ahhhhh!!!!!!! Acordando em seguida no estabelecimento em que uma funcionária lhe traz o filhinho nos braços.
- Este rapazinho tá pronto, e cheiroso, mas!!!! A senhora tá bem??Tá um pouco pálida!!!!!
- Não se preocupe querida, quanto foi o serviço?? A colônia está na sacola?? Diz Gilda.
- Sim senhora, corte, shampoo, condicionador e colônia, tudo dá 250,00.
Gilda arregala os olhos e fica estática por segundos pensando na semelhança com o sonho que teve na sala de espera:
- Telma, pegue sua gorjeta com a Ju no caixa, até a próxima...!!
A funcionária, logo que a freguesa sai, procura à caixa:
- Ela deixou alguma coisa Ju??
- Telma, essa mulher deve estar com febre, deixou 5,00 de gorja pra você...!!!!!!!!
Ao sair do estabelecimento, balançando o filhinho nos braços e entorpecida pelo perfume, não percebe a chegada de um garoto, mas abrindo a porta do carro, ela vê o reflexo dele no vidro, seu coração dispara, as pupilas reagem, mas por um segundo acha que é puro medo, toma coragem e se vira:
- Tia, tem uma moeda??
- Não!!!! Só pode ser brincadeira, sai daqui delinquente "fidido"!!!!!
O garoto puxa ela pelo braço e lhe corta o pescoço, de uma forma que não consegui gritar, simplesmente agoniza e desfalece com olhos arregalados. O menino se abaixa, olha as correntes e uma bolsa que parecia cara, mas o que lhe chama atenção, é o filhinho lambendo o sangue e o rosto de Gilda, pega - lhe pela coleira com carinho, e diz:
- Vamo pequeno!!!!
Filhinho abana o rabo e vai com o novo companheiro, não havia ninguém por perto...
segunda-feira, 25 de março de 2013
Gerar - ação!!!
O céu estava lindo!!!!
Crianças e adolescentes,
anunciavam talvez a força, e espontaneidade
de uma nova geração...
Que seja ação, solidariedade, e
que não se percam pela insanidade...
terça-feira, 19 de março de 2013
sábado, 16 de março de 2013
O Ritual
A campainha tocou, Tomé e Madalena se dirigiam à porta e ao abrir, deram de frente com João, um dos líderes espirituais do local que frequentavam.
- Senhor João, como vai? Nós estamos de saída, Lolita e Cristiano ficarão em casa, voltamos daqui umas horas, se quiser esperar??
- Vocês não se importam? Diz João - Eu queria mesmo resolver alguns detalhes do próximo ritual da
semana que vem, e posso dizer que sua filha tem se aplicado muito em desvendar os mistérios da vida...
semana que vem, e posso dizer que sua filha tem se aplicado muito em desvendar os mistérios da vida...
Cristiano, corre pros braços do visitante enquanto seus pais saem.
- Tio João!!!!!! Vai ficar com a gente???Acho que a mãe e o pai vão demorar...
- Você tá crescendo em menino, e sua irmã? Tá onde??
-Tá na internet como sempre, tio... Diz Cristiano.
Enquanto isso, no elevador:
- Madalena, vamos passar no Vanderlei, ele ficou de fechar um negócio pra mim... E tenho que levar uma coisa pra ele.
- É, falando no seu irmão!! Você precisa deixar de oferecer whisky pra ele quando jogam xadrez, além de dirigir meio alto , ainda anda armado.
- A gente conversa no carro, vou avisar o porteiro que voltaremos logo, caso alguém nos procure, a gente conversa no caminho.
Madalena desce até o estacionamento pensando: - É!! Tô cansada desses joguinhos regados a bebida. E ele
sempre desconversa, deveria se espiritualizar como João, tá aí óh!! Ensinando alguma coisa que presta pra
Lolita.
Tomé diz pro porteiro:
- Bento, eu e a Lena, vamos sair rapidinho, se alguém nos procurar peça pra nos esperar aí no salão. Você quer alguma coisa da rua?
- Não Sº Tomé, eu trouxe almoço hoje. Responde Bento.
No carro, o casal retoma a conversa:
- Madalena, já falei que o Vande tem bebido pouco e quando percebo que não tá bem eu guardo a arma dele.
- Se sabe Tomé, que odeio esse negócio de arma em casa e você têm nos acompanhado nas reuniões espirituais justamente pra melhorar, né? Tá vendo o João, logo cedo nos visitando pra nos ajudar a cuidar da vida espiritual dos nossos filhos, se tinha é que seguir o exemplo dele.
Com uma expressão de raiva, mas contendo o tom de voz, diz pra esposa:
- Nunca gostei dos santarrões e nem tenho queda pra isso, desconfio até da minha sombra, acompanho vocês por amor e não por convicção. E já basta nossos filhos enfiados nessa instituição, ainda tenho que aturar essas visitas e agora até comparações Lena, já deu heim!!!!
- Tudo bem, desculpe!! Podemos pelo menos ir ao mercado e de lá passarmos no Vande?
-Tá bom amor!!! Mas vamos pegar coisas prum almoço rápido. Disse Tomé.
Na portaria do prédio, Bento pergunta:
- Cristiano, onde se vai??
- O tio João, pediu pra eu comprar alguma coisa pra sobre mesa na padaria ...
Passando pelo caixa do supermercado, Madalena pergunta pro esposo o que ele levaria pro irmão. Tomé com um sorriso sem graça, responde que entregaria a pistola do irmão, mas lembra de um detalhe e diz:
- Temos que voltar em casa, esqueci meu celular. Ahh!! A arma ficou sobre o guarda - roupa também.
Madalena com cara de ódio, diz:
- Pô!!! Já falei que isso ainda vai dar merda né?
- Desculpa, Lena!!
Ao chegarem no prédio, Bento já da o relatório:
- Sº Tomé!! Já de volta?
- Esqueci a encomenda do meu irmão...
- Ahh!! O Cristiano saiu faz um tempo pra comprar alguma coisa. Diz o porteiro.
- Obrigado, Bento!!
Chegando no andar do apartamento deles, uma vizinha pára Madalena pra conversar enquanto Tomé entra e vai direto no quarto pegar a arma e o celular que deixou jogado em cima da cama, ouve um barulho estranho e resolve ir ao quarto da filha que estava com a porta entreaberta.
Na portaria, chega todo contente com um monte de guloseimas nos braços, Cristiano que vai logo perguntando pro porteiro:
- E aí Bento, meu pai chegou??!!
No corredor dos quartos, Tomé se aproxima da porta da filha e ao olhar discretamente, vê sua filha ajoelhada com as mãos sobre o colchão e nua. João, também nu, estava atrás de Lolita. Um barulho de porta se abrindo, e ao olhar pra trás, tio João tem tempo de dizer:
- Tomé, não é isso que você está vendo!!!!!!!!
Ouve -se cinco tiros, e na portaria, Bento diz:
- Cris, seu pai acabou de chegar...!!!!
Enquanto isso, no elevador:
- Madalena, vamos passar no Vanderlei, ele ficou de fechar um negócio pra mim... E tenho que levar uma coisa pra ele.
- É, falando no seu irmão!! Você precisa deixar de oferecer whisky pra ele quando jogam xadrez, além de dirigir meio alto , ainda anda armado.
- A gente conversa no carro, vou avisar o porteiro que voltaremos logo, caso alguém nos procure, a gente conversa no caminho.
Madalena desce até o estacionamento pensando: - É!! Tô cansada desses joguinhos regados a bebida. E ele
sempre desconversa, deveria se espiritualizar como João, tá aí óh!! Ensinando alguma coisa que presta pra
Lolita.
Tomé diz pro porteiro:
- Bento, eu e a Lena, vamos sair rapidinho, se alguém nos procurar peça pra nos esperar aí no salão. Você quer alguma coisa da rua?
- Não Sº Tomé, eu trouxe almoço hoje. Responde Bento.
No carro, o casal retoma a conversa:
- Madalena, já falei que o Vande tem bebido pouco e quando percebo que não tá bem eu guardo a arma dele.
- Se sabe Tomé, que odeio esse negócio de arma em casa e você têm nos acompanhado nas reuniões espirituais justamente pra melhorar, né? Tá vendo o João, logo cedo nos visitando pra nos ajudar a cuidar da vida espiritual dos nossos filhos, se tinha é que seguir o exemplo dele.
Com uma expressão de raiva, mas contendo o tom de voz, diz pra esposa:
- Nunca gostei dos santarrões e nem tenho queda pra isso, desconfio até da minha sombra, acompanho vocês por amor e não por convicção. E já basta nossos filhos enfiados nessa instituição, ainda tenho que aturar essas visitas e agora até comparações Lena, já deu heim!!!!
- Tudo bem, desculpe!! Podemos pelo menos ir ao mercado e de lá passarmos no Vande?
-Tá bom amor!!! Mas vamos pegar coisas prum almoço rápido. Disse Tomé.
Na portaria do prédio, Bento pergunta:
- Cristiano, onde se vai??
- O tio João, pediu pra eu comprar alguma coisa pra sobre mesa na padaria ...
Passando pelo caixa do supermercado, Madalena pergunta pro esposo o que ele levaria pro irmão. Tomé com um sorriso sem graça, responde que entregaria a pistola do irmão, mas lembra de um detalhe e diz:
- Temos que voltar em casa, esqueci meu celular. Ahh!! A arma ficou sobre o guarda - roupa também.
Madalena com cara de ódio, diz:
- Pô!!! Já falei que isso ainda vai dar merda né?
- Desculpa, Lena!!
Ao chegarem no prédio, Bento já da o relatório:
- Sº Tomé!! Já de volta?
- Esqueci a encomenda do meu irmão...
- Ahh!! O Cristiano saiu faz um tempo pra comprar alguma coisa. Diz o porteiro.
- Obrigado, Bento!!
Chegando no andar do apartamento deles, uma vizinha pára Madalena pra conversar enquanto Tomé entra e vai direto no quarto pegar a arma e o celular que deixou jogado em cima da cama, ouve um barulho estranho e resolve ir ao quarto da filha que estava com a porta entreaberta.
Na portaria, chega todo contente com um monte de guloseimas nos braços, Cristiano que vai logo perguntando pro porteiro:
- E aí Bento, meu pai chegou??!!
No corredor dos quartos, Tomé se aproxima da porta da filha e ao olhar discretamente, vê sua filha ajoelhada com as mãos sobre o colchão e nua. João, também nu, estava atrás de Lolita. Um barulho de porta se abrindo, e ao olhar pra trás, tio João tem tempo de dizer:
- Tomé, não é isso que você está vendo!!!!!!!!
Ouve -se cinco tiros, e na portaria, Bento diz:
- Cris, seu pai acabou de chegar...!!!!
quinta-feira, 14 de março de 2013
O cinza...
O cinza, bateu à minha porta!!!
O pneu da bike tá furado, 30 minutos de caminhada...
O legal, é que ele não veio só, trouxe a chuva também...
Peguei carona na volta, mas perdi o celular...
Vou procurar alguns lápis de cor por aí, quem sabe???
quarta-feira, 6 de março de 2013
Tantas coisas!!!
Como pensar se sou pai, filho, irmão, marido!!
Por ai vai, e continuo a tentar me achar!!
Identidade, nós achamos que essa palavra nos deixa em paz...
Mentira, não deixa, falei isso pra minha filha...
Sabe quem és??? Eu não faço à mínima quem sou???
Professor, marido, pai, filho, estudante, trabalhador, ...
Puta merda, Sartre diria que isso tudo não passa de posições
ou melhor, escolhas que fazemos pra tentar definir o que somos
ou o que escolhemos pra nos escondermos... Você, parou alguma vez
e percebeu que foge de si mesmo... Ele dizia que não podíamos fugir de
nós mesmos.Somos chatos!!!
Ainda assim, alguns loucos querem ficar por perto, mas o legal é que aprendemos com essa galera!!
Moralidade, se antes era uma coisa regida por religiões, e depois o tal do Estado tentou dominar...
Penso o que escolhemos como valor, antes tínhamos heróis, ainda que de mentirinha, eles serviam pra nortear nossas medíocres vidas!!! Dias atrás falando com um garoto, percebi que o hulk, na verdade, nada mais era do que um deus da raiva...
E conversando com minha filha e outras pessoas, que não eram pequenas e nem jovens descobri que a maior parte delas não conseguiam e nem tentavam dizer o que sentiam ou pensavam...
Não tinham conjunto simbólico que pudesse definir ou no mínimo nortear as conversas, ou suas próprias questões...
Se você, não sabe perguntar, como saberá ter respostas...
Conseguirá identificá-las...???
Analfabetismo Funcional!! Esse é um calo no meu sapato...
Somos estatísticas para ONU, UNESCO, mas continuamos com téc. em enfermagem, e nada contra eles, pois minha irmã é enfermeira, aplicando café com leite na veia de pacientes...
Cacete!!! O que eu sou?? O que você é??? E muito mais esses loucos que estão ao seu lado...
Tenho medo de todo mundo, parece que qualquer um pode se tornar uma ameaça a minha vida...
Simplesmente por não saber ler um rótulo, ou uma designação de um infeliz de um médico que às vezes nem olha pra tua cara...!!!
Tenho que acreditar que sou alguém, ou alguma coisa...
Continuar minha caminhada, ainda que o medo me ronde...
Na verdade, a pergunta permanece, quem somos???
E o que fazer pra responder isso?
Não faço ideia, mas vamo aí!!!!
Justos privilégios!!!
Xandão, era violento e corrupto, em casa aterrorizava o filho e tratava a esposa como empregada.Tinha um bom jogo de cintura com pessoas que ele achava que teria algum benefício, sempre uma palavrinha, um abraço, no entanto eram era um demônio e não no sentido Socrático.
Era final de campeonato e ele achava que teria algum benefício, sempre uma palavrinha amiga, um abraço, no entanto, era um demônio e não no sentido Socrático.
Era final de campeonato e ele sabia que o movimento de drogas nas quebradas aumentaria, então resolveu passar em algumas bem cedo e negociar o arrego de mais tarde. Pegaria o dinheiro no fim do dia, mas não tinha ideia que a rapaziada estavam se organizando pra darem um fim nele. Na saída de um bairro, viu um menor, que segundo ele estava em atividade sspeita, parou o rapaz humilhou- o e lhe deu uns tapas, sem falar nada, e naquele horário já tinha consumido algumas gramas de coca.
Xandão, e seus companheiros receberam uma chamada e deixaram o menino, que por sinal estava todo quebrado, era um assalto que acontecia próximo dali, mas ao manobrar a viatura, o motorista, bateu no carro de um civil que assustado sai do automóvel e tenta conversar:
- Tudo bem com vocês ??
Xandão sai com o revolver na mão e dá uma coronhada do jovem senhor, que sangrando e com suas roupas brancas já manchadas, tenta ainda argumentar:
-Moço, o que é isso?? Só quis saber se estavam bem !!!!
- Sai logo da frente, antes que te leve por desacato à autoridade seu bosta!!!!
"A viatura sai em disparada pra defesa dos "cidadãos"!!!" No fim do dia Xande e seus comparsas decidem passar na primeira comunidade pra extorquir a rapaziada, mas eles tinham fechado negócio com as "lojinhas" (bocas), da redondeza pra todo mundo se reunir com armamento pesado e armar uma casinha pros "autoridade".
Tiro e correria na entrada do bairro, perto dali um hospital recebia policiais baleados...
- Doutor Titus, compareça à enfermaria 7, paciente ferido com arma de fogo ...Os enfermeiros ao pegarem Xande, tentam estabilizar o quadro e ministram um sedativo, ainda nos corredores do hospital, Titus se assusta com o impulso com que a maca chega ao quarto e ao perceber quem era, seu coração dispara e automaticamente coloca a mão na testa sobre o ferimento que ganhara na hora do almoço.
-Vocês dois podem ir pra ala 13, "Eu" dou um jeito nesse paciente, antes que apague farei umas perguntas, podem ir...
Doutor Titus, era respeitado e ninguém questionava sua palavra, saíram os enfermeiros e chegando próximo do rosto de Xandão, é reconhecido e tanto a adrenalina da situação, como o efeito inicial do sedativo, não impedem o olhar de espanto do tal "autoridade", que tenta qualquer movimento, sem êxito lógico, mexia apenas os olhos...
Titus:
- A vida é uma grande comédia, não?
Sº Justos , bom nome de guerra!!
Antes que você durma cretino...
Hã?? Quer falar algo?? Saiba que desacatar funcionário público no exercício de sua função, dá de seis meses à dois anos de detenção, mas fique tranquilo, você me prenderia por algumas horas hoje no almoço, eu, vou lhe prender pela eternidade, isso se esse troço existe ...Se vai morrer!! Ahhh!! Terei prazer em consolar sua esposa também, e a imagem que desejo que você grave é minha testa rasgada e costurada por sua empatia...!!!Bons sonhos!!!! Com o coração descompassado e sentindo um gosto adocicado na boca, pelas hemorragias, percebe um lençol sendo posto sobre seu rosto.
Passos tranquilos e rangir de rodas da maca, de repente, sem preenchimento de formulários e nenhum empecilho, ouve-se fechar uma geladeira e uma porta com um aviso: "NECROTÉRIO".
Sem culpa alguma, Titus, sorrindo, pensa consigo:
- É justo...!!!
terça-feira, 5 de março de 2013
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Desabafar???
Gostaria de ser criativo constantemente, e agradar quem lê meus textos mas sei o quanto é difícil manter uma produtividade criativa sem cair na idiotice e sem querer simplesmente falar o que as pessoas querem ouvir ou ler, e na verdade não faço a mínima do que as pessoas querem ler. Eu por exemplo estou lendo quatro livros ao mesmo tempo e me divirto, mas sei que alguns destes livros tornam se um porre vez ou outra e pra você superar as mazelas do cotidiano e conseguir escrever e criar algo que agrade não é nada fácil, minha formação me leva a escrever coisas dramáticas mas sei que hora ou outra precisamos de uma dose de esperança, se é essa mesmo a palavra... eu larguei do seminário e fiquei desempregado com um histórico de teologia e não podia fazer nada com isso, de repente me vi dentro da faculdade de filosofia, que foi uma injeção de ânimo,sem falar dos saltos de paraquedas e o lançamento de um livro de poesia junto com dois amigos,mas naquele momento o que achei louco foi uma senhora que havia me oferecido morada a troco de visitar cultos aos domingos, me pedir a casa por eu por não crer mais no que ela e seus fiéis acreditavam, e o interessante é que falavam em amor ao próximo e assistência a esse tipo de pessoa,ou melhor, ao próximo, no qual, eu lógico que me enquadrava... Não fez diferença alguma, ela simplesmente disse que teria poucos dias pra sair de lá, conheci alguns seminaristas dos quais hoje apenas metade, mais ou menos continuam no caminho e acredito que tenho um pouco de responsabilidade nisso, kkkkk, e estes rapazes me acolheram sem reservas e até me deixaram cuidando do espaço junto com um morador de rua que tinham acolhido naqueles dias também. Um fim de ano sem família, sem namoro, sem trabalho, e com pouco dinheiro apenas pra algumas cachaças, "criatividade" né?? Eu e o rapaz que estava comigo resolvemos fazer uma festa com os universitários que conhecíamos e que não viajaram pra visitar suas famílias, até um senhor que dizia ter se tornado alcoolista depois que sua amada foi embora com o circo foi convidado, "O NATUREZA", uma figura inesquecível, sei que a festa foi inesquecível, sem falar nos sacos de lixo que carreguei nas costas depois de fechar um carrinho de lanche só pra conferir se rolava algo pro estomago, pois a fome não me deixava dormir alguns dias...
Entre festas e misérias, a criatividade sempre esteve a me salvar, e hoje olho pro monitor do computador ou para o caderno e percebo que colocar sentimentos e emoções de maneira que outros se identifiquem e voltem ao blog não é nada fácil... Por isso me sinto grato aos curiosos que passaram pelo meu espaço, e sei que em outros lugares do mundo, sofredores criativos tentam mudar o destino, vida, ou seja lá como chamam essa caminhada louca que começou com um tapa na bunda...
Ahh!!! Não posso esquecer de um cara que me ensinou muita coisa, mas que não posso dizer o nome por discrição, também foi seminarista e cursava filosofia e psicologia quando nos conhecemos, uma figuraça que me abrigou por um bom período sem cobrar uma moeda se quer, a única regra era cuidar da casa quando tivesse tempo e nos defendermos a qualquer custa, nunca tive banda mas as primeiras vezes que toquei num bar foi com esse camarada e outros amigos, lógico que a troco de bebidas e números de telefone pra festas que marcávamos, ou melhor, que ele agilizava com sua potente agenda e boa disposição pra ficar ao telefone, e sempre dava certo...!!!! Criatividade, pro bem ou pro mal...Somos esse paradoxo que enlouquece os mais conservadores...!!! Casado, trabalhando, estudando, ainda luto pra manter a louca da casa como diria Rosa Montero se não me engano, fica aí, aos acompanhados e solitários o alô não desistam porque são brasileiros, pois este chavão é uma merda, não desistam pra conseguirmos nos vingar dos tapas que ganhamos na bunda ao nascer... Força àqueles que terminaram de ler esse desabafo!!!!!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
A criatividade é uma luta!!Lutem por ela!! E me ensine!!
Antes de iniciar o blog sempre invejei um bom sentido,uma boa explicação ou definição.Se isso realmente existe!!!, mas concordo com Érico Veríssimo, tudo é uma questão de palavras, pois assim como uma catástrofe, uma morte por tiro perdido, uma intoxicação, ou até mesmo uma morte num CTI, podem passar num relatório como mais um número ou simplesmente como um relato. Eu, aprendi com um cara das antiga, "Aristóteles" que as palavras muitas vezes mostram seu poder e até mesmo sua classe social, sempre levei a sério as queridas palavras e sei em parte o tanto que elas influenciam... Justificamos guerras, genocídios, injurias, injustiças, até mesmo lutas por amor, mas o que quero dizer é que civilidade ou mesmo violência sempre podem ser justificadas por um amontoado de palavras que induzem, acalmam, ironizam, ignoram e desviam a atenção dos menos atentos, e tantas pessoas tem suas vidas conduzidas na base do que é escrito ou falado e sem prestarem atenção engolem qualquer bobeira... O que fazer??? Temos como romper com esse descuido ou uso da palavra só pra coisas banais como; - Pegue aquela coisa que está do lado do troço vermelho em cima daquela, aquele treco ali... Muito do que é dito se for analisado no fundo não teria o menor sentido se as pessoas envolvidas não estivessem ali pra explicar, então penso que se melhorássemos, ou tentássemos melhorar nosso dizer, talvez diminuiríamos nossas dificuldades, mas essa é só a impressão de mais um idiota oprimido pelo mundo vulgar das palavras "mal ditas"...
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Ohh que voy mesmo!!!!
O sol se despedia e o mesmo ritual acontecia com Alexandre em seu apartamento, desligava a tv, ou largava o livro,o que geralmente fazia, amontoara diversos, de vários estilos literários , tamanhos, cores, cheiro e pra ele, também diferentes sabores. Há anos que não saia de casa e tinha lá seu jeito de conseguir o que precisava e ficava lá!! em casa... Num conjunto de 12 prédios de 6 andares cada, morava Ale, que como Engenheiro de uma petrolífera ganhou muita grana mas nunca fez questão de esbanjar ou se mostrar, foi diagnosticado com síndrome do pânico e isso explicou algumas mudanças que alguns colegas comentaram, passando cada vez mais em sua reclusão desenvolveu o hábito de no fim dos dias pegar um bom binóculo e vigiar janelas, já conhecia algumas por temas, como briga de casais, sexo animal, espancamento familiar, e até mesmo vida feliz.
Claudia morava num condomínio de 12 prédios com 6 andares cada, isso mesmo, morava no mesmo lugar que Alexandre, os prédios circundavam uma grande praça onde crianças com pais, jovens, e casais curtiam pouco nos fins de semana. Assim como Alexandre, ela morava no 6º andar, mudou se pro apartamento há um bom tempo, após o noivo limpar a conta conjunta e sumir pro norte da Índia onde ouviu dizer ser o berço do sexo tântrico, ela logo entrou em depressão e ficou de licença no trabalho, era uma boa auxiliar administrativa e fissurada por filmes e livros, ahh!!! Passava horas no computador, internet é claro. O banheiro de Claudia ficava bem de frente pra uma janela enorme da sala mas não se importava, afinal estava no último andar e adorava ficar olhando pras nuvens enquanto se banhava, colocava seu roupão sentava se na pequena sacada que tinha, bebericava alguma coisa e ficava olhando ou pro nada ou pros prédios do condomínio.
Guimarães, era um porteiro entre tantos que ali se revesavam, conhecia detalhes da vida de quase todos os moradores mas não ficava de conversa fiada sobre ninguém. Observador como aquele não havia, presenciou certa vez a chegada de duas caixas muito semelhantes e da mesma loja, que especializada em materiais de pesquisa cosmológica chamou-lhe muito atenção. Descobriu depois que se tratava de dois binóculos potentíssimos e por coincidência ou não, quando foram entregues a seus donos, Alexandre e Claudia, Guimarães percebeu que durante à noite os apartamentos não ficaram mais com as luzes acesas, lógico que desconfiava o que acontecia, mas se reservou apenas a observar da sua guarita.
Alexandre, certo dia resolveu quebrar o condicionamento e pegar seu binóculo mais cedo, pediu guloseimas por telefone e se esparramou no sofá com controles remotos à mão, mas não acreditava que conseguiria alguma visão interessante, afinal quase todos no condomínio trabalhavam e o espetáculo da vida privada só acontecia de noite, ainda assim resolveu procurar pelas janelas. Impressionou-se ao ponto de levantar e praticamente ficar à vista em sua sacada, mas quando se deu conta, lentamente voltou pro interior do ap, lógico que sem tirar seu brinquedo da cara e esbarando em tudo que tinha atrás de si, o impacto foi causado pela linda Claudia que ao banhar-se tranquilamente do outro lado da praça nem imaginava que alguém a observava e com um tremendo interesse. Ela como sempre pegou seu roupão e foi pra sacada com um suco e um livro, mas com uma sensação estranha de que era observada, pegou seu binóculo e resolveu dar uma geral pela vizinhança, mas ficou desanimada pois não viu movimento nenhum, no entanto, quando voltava pro livro, percebeu um movimento no apartamento de frente ao seu do outro lado da praça e rapidamente focou naquela direção e avistou um rapaz bonito caindo de costas sobre um sofá e jogando algo pelos ares.
Era Ale, que assustado com o saque de um binóculo da sua vizinha, esborrachara-se na sala deixando o que tinha nas mãos voar por cima das almofadas, desesperado rastejou até as cortinas e sem conseguir fecha-las ficou deitado olhando pro teto imaginando o que poderia acontecer... O que fazer? Chamariam a polícia? Que embaraço pensou o rapaz mas resolveu lentamente retomar a observação, e ao olhar pro apartamento de Claudia viu ela segurando um cartaz do tamanho de uma cartolina que dizia: Como é seu nome? o meu é Claudia!! Ele resolveu se levantar e procurar alguma coisa pra fazer um cartaz, não conseguindo encontrar nada, pegou um lençol branco, tintas e pinceis e escreveu seu nome e pediu desculpas pela indiscrição. Sua comparsa no voyeurismo escreveu outro dizendo que não tinha problema e que gostaria de falar com ele mas que não podia sair do apartamento, ele disse que também não saía do seu, mas que poderiam conversar por telefone, então lambuzou o lençol com o número do seu telefone.
Guimarães aquele dia percebeu que o apartamento dos dois estavam de luzes acessas e ficou se perguntando o que acontecia naquele dia, ou melhor naquela noite, pois há muito tempo não presenciava aquilo, de tanta curiosidade resolveu interfonar nos dois apartamentos e perguntar se precisavam de algo mas nenhum do dois o atenderam. Alexandre e Claudia trocavam presentes que deixavam o porteiro cada vez mais ensandecido, eram coisas simples como buque de flores, cds, filmes, livros mas todo esse movimento despertava mais ainda a curiosidade do porteiro. Os dois trocaram ideias sobre suas observações das janelas vizinhas, compartilharam tristezas passadas, e expectativas, no entanto, terminavam onde iniciaram, trancados nos apartamentos, mesmo que um deles sempre insistisse pro outro sair de casa e tocar a campainha do que convidava, isso não rolava. O que fazer?? Como resolver isso??? Gastaram tempo no computador com câmera, Claudia tomava seus banhos com regularidade e se mostrava pra Alexandre e ele também tentava ainda que de maneira desajeitada, ser sensual, mas nunca gostou de suas performances, os dois estavam pra explodir de vontade de sentir o cheiro, a textura da pele, a maciez dos cabelos, poder deitar no colo, abraçar, beijar... Não sentiam o toque de outra pessoa há mais de ano, mas toda essa movimentação que levou meses, os fez despertar pro fato que um poderia ser a cura do outro, pensaram juntos a respeito do momento e local pro encontro.
Numa semana qualquer, dois celulares foram entregues no condomínio e o porteiro sabia que eram dos voyeurs, viu que em determinada hora, todos apartamentos estavam apagados, exceto de Cláudia e Alexandre. Resolveu apagar as luzes da guarita e observar cuidadosamente qualquer mudança que houvesse, pois acreditava que em breve os dois romperiam de maneira inusitada com suas vidas. Passavam-se madrugadas, até que uma noite de lua cheia em que praça do condomínio estava bem iluminada e com um frescor que balançava levemente as folhas das árvores, os dois apartamentos apagaram as luzes.
Guimarães arregalou os olhos, pois há meses via as luzes acesas nos apartamentos, logo se aconchegou de um jeito que ficasse bem posicionado e nesse instante percebeu os reflexos dos elevadores dos dois lados da praça, seu coração disparou e quase não se continha,mas aquietou-se. As portas dos prédios de Cláudia e Alexandre se abrem enquanto as luzes dos saguões impedem que o porteiro veja mais do que silhuetas, mas que indicavam estar com celulares, de repente começam a andar rumo à praça como se fossem uma noiva levada até o altar, um passo de cada vez, outros poderiam achar parecido com algum ritual de acasalamento. Lentamente, chegam próximos ao jardim que muito bem cuidado exalava perfume no ar, desligaram os celulares, olharam prum banco e caminharam mais um pouco, parados frente à frente, olharam se por instantes e resolveram sentar próximos, parecia que um tentava ler o pensamento do outro pelos olhos e se aproximaram ao ponto de sentirem suas respirações, que não eram suaves, cheiraram os cabelos e queriam muito o toque, mas nenhum encostou no outro.
Claudia sussurrou algo no ouvido de Alê, enquanto atônito, o porteiro se deliciava com a cena, como se tivesse uma visão celestial, os dois levantaram e caminharam rumo a portaria, e Guimarães quase sem respirar esperava que o vissem, mas como que enfeitiçados saíram pelos portões olhando a lua e conversando algo que não se podia ouvir. Sozinho, ficou o porteiro em sua guarita de luzes apagadas com lágrimas no rosto pensando: - Depois disto não olharei pras pessoas do mesmo jeito, sei que mudarei, oh!! que vou mesmo!!!!
Guimarães, era um porteiro entre tantos que ali se revesavam, conhecia detalhes da vida de quase todos os moradores mas não ficava de conversa fiada sobre ninguém. Observador como aquele não havia, presenciou certa vez a chegada de duas caixas muito semelhantes e da mesma loja, que especializada em materiais de pesquisa cosmológica chamou-lhe muito atenção. Descobriu depois que se tratava de dois binóculos potentíssimos e por coincidência ou não, quando foram entregues a seus donos, Alexandre e Claudia, Guimarães percebeu que durante à noite os apartamentos não ficaram mais com as luzes acesas, lógico que desconfiava o que acontecia, mas se reservou apenas a observar da sua guarita.
Alexandre, certo dia resolveu quebrar o condicionamento e pegar seu binóculo mais cedo, pediu guloseimas por telefone e se esparramou no sofá com controles remotos à mão, mas não acreditava que conseguiria alguma visão interessante, afinal quase todos no condomínio trabalhavam e o espetáculo da vida privada só acontecia de noite, ainda assim resolveu procurar pelas janelas. Impressionou-se ao ponto de levantar e praticamente ficar à vista em sua sacada, mas quando se deu conta, lentamente voltou pro interior do ap, lógico que sem tirar seu brinquedo da cara e esbarando em tudo que tinha atrás de si, o impacto foi causado pela linda Claudia que ao banhar-se tranquilamente do outro lado da praça nem imaginava que alguém a observava e com um tremendo interesse. Ela como sempre pegou seu roupão e foi pra sacada com um suco e um livro, mas com uma sensação estranha de que era observada, pegou seu binóculo e resolveu dar uma geral pela vizinhança, mas ficou desanimada pois não viu movimento nenhum, no entanto, quando voltava pro livro, percebeu um movimento no apartamento de frente ao seu do outro lado da praça e rapidamente focou naquela direção e avistou um rapaz bonito caindo de costas sobre um sofá e jogando algo pelos ares.
Era Ale, que assustado com o saque de um binóculo da sua vizinha, esborrachara-se na sala deixando o que tinha nas mãos voar por cima das almofadas, desesperado rastejou até as cortinas e sem conseguir fecha-las ficou deitado olhando pro teto imaginando o que poderia acontecer... O que fazer? Chamariam a polícia? Que embaraço pensou o rapaz mas resolveu lentamente retomar a observação, e ao olhar pro apartamento de Claudia viu ela segurando um cartaz do tamanho de uma cartolina que dizia: Como é seu nome? o meu é Claudia!! Ele resolveu se levantar e procurar alguma coisa pra fazer um cartaz, não conseguindo encontrar nada, pegou um lençol branco, tintas e pinceis e escreveu seu nome e pediu desculpas pela indiscrição. Sua comparsa no voyeurismo escreveu outro dizendo que não tinha problema e que gostaria de falar com ele mas que não podia sair do apartamento, ele disse que também não saía do seu, mas que poderiam conversar por telefone, então lambuzou o lençol com o número do seu telefone.
Guimarães aquele dia percebeu que o apartamento dos dois estavam de luzes acessas e ficou se perguntando o que acontecia naquele dia, ou melhor naquela noite, pois há muito tempo não presenciava aquilo, de tanta curiosidade resolveu interfonar nos dois apartamentos e perguntar se precisavam de algo mas nenhum do dois o atenderam. Alexandre e Claudia trocavam presentes que deixavam o porteiro cada vez mais ensandecido, eram coisas simples como buque de flores, cds, filmes, livros mas todo esse movimento despertava mais ainda a curiosidade do porteiro. Os dois trocaram ideias sobre suas observações das janelas vizinhas, compartilharam tristezas passadas, e expectativas, no entanto, terminavam onde iniciaram, trancados nos apartamentos, mesmo que um deles sempre insistisse pro outro sair de casa e tocar a campainha do que convidava, isso não rolava. O que fazer?? Como resolver isso??? Gastaram tempo no computador com câmera, Claudia tomava seus banhos com regularidade e se mostrava pra Alexandre e ele também tentava ainda que de maneira desajeitada, ser sensual, mas nunca gostou de suas performances, os dois estavam pra explodir de vontade de sentir o cheiro, a textura da pele, a maciez dos cabelos, poder deitar no colo, abraçar, beijar... Não sentiam o toque de outra pessoa há mais de ano, mas toda essa movimentação que levou meses, os fez despertar pro fato que um poderia ser a cura do outro, pensaram juntos a respeito do momento e local pro encontro.
Numa semana qualquer, dois celulares foram entregues no condomínio e o porteiro sabia que eram dos voyeurs, viu que em determinada hora, todos apartamentos estavam apagados, exceto de Cláudia e Alexandre. Resolveu apagar as luzes da guarita e observar cuidadosamente qualquer mudança que houvesse, pois acreditava que em breve os dois romperiam de maneira inusitada com suas vidas. Passavam-se madrugadas, até que uma noite de lua cheia em que praça do condomínio estava bem iluminada e com um frescor que balançava levemente as folhas das árvores, os dois apartamentos apagaram as luzes.
Guimarães arregalou os olhos, pois há meses via as luzes acesas nos apartamentos, logo se aconchegou de um jeito que ficasse bem posicionado e nesse instante percebeu os reflexos dos elevadores dos dois lados da praça, seu coração disparou e quase não se continha,mas aquietou-se. As portas dos prédios de Cláudia e Alexandre se abrem enquanto as luzes dos saguões impedem que o porteiro veja mais do que silhuetas, mas que indicavam estar com celulares, de repente começam a andar rumo à praça como se fossem uma noiva levada até o altar, um passo de cada vez, outros poderiam achar parecido com algum ritual de acasalamento. Lentamente, chegam próximos ao jardim que muito bem cuidado exalava perfume no ar, desligaram os celulares, olharam prum banco e caminharam mais um pouco, parados frente à frente, olharam se por instantes e resolveram sentar próximos, parecia que um tentava ler o pensamento do outro pelos olhos e se aproximaram ao ponto de sentirem suas respirações, que não eram suaves, cheiraram os cabelos e queriam muito o toque, mas nenhum encostou no outro.
Claudia sussurrou algo no ouvido de Alê, enquanto atônito, o porteiro se deliciava com a cena, como se tivesse uma visão celestial, os dois levantaram e caminharam rumo a portaria, e Guimarães quase sem respirar esperava que o vissem, mas como que enfeitiçados saíram pelos portões olhando a lua e conversando algo que não se podia ouvir. Sozinho, ficou o porteiro em sua guarita de luzes apagadas com lágrimas no rosto pensando: - Depois disto não olharei pras pessoas do mesmo jeito, sei que mudarei, oh!! que vou mesmo!!!!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
fazer o quê?
Quando nos descobrimos como esposo, filho, pai, trabalhador, sonhador, e outros...
Percebemos que a criatividade, e o bom humor podem nos deixam por instantes...
Muitas coisas passam por nossa cabeça, nem todas queremos partilhar, talvez por pudor...
Outras vezes simplesmente por dor...
Desfrutar momentos de forma inominada, mas sabendo que certa hora a vontade deverá ser domada...
O que fazer com as fichas que ganhamos ao tomarmos os tapas na bunda ao nascer???
Não faço a mínima ideia, sei que gostando ou não elas acabarão...
Pessimista, realista, otimista, foda-se, sou tudo isso e muito mais se deixarem...
Sexo, chocolate, remédios, trabalho, família, viagens, como vai gastar o tempo???
Ou melhor, como vai viver?? O tempo enquanto medida, não passa de uma brincadeira de mau gosto!!!
Ele passa mesmo, ou somos nós????
Boa noite, gastei as fichas de hoje, vejo você amanhã, isso se abrir os olhos, ahh!!! e se tiver de bom humor!!!
domingo, 10 de fevereiro de 2013
O bilhete!!!
Silvia nasceu na primavera, sua mãe Olga não aguentava de tanta alegria, era uma mulher bonita e atraente, tinha feito faculdade e adorava ler. Quando a filhota chegou ao mundo, Cesar seu esposo enchia a cara com amigos assistindo futebol, e a tarefa de buscá-la na maternidade ficou ao encargo de João, seu irmão amoroso que não via a hora de conhecer sua sobrinha adorada.
Cesar sonhava com um filho e quando soube que teriam uma menina, afastou-se da mulher e tudo que dissesse respeito à gravidez, os familiares de Olga nunca souberam o porquê do casamento dela com aquele sujeito. Tio João e Olga sempre foram muito presentes na educação de Silvia, principalmente depois das tentativas frustradas do pai da menina de ensiná-la futebol e seu fanatismo por seu time, ela cresceu ouvindo histórias que a mãe contava, tornou-se delicada mas cheia de vontade, praticou vários esportes, estudava assiduamente e na juventude seu corpo era de causar inveja.
No início do Ensino Médio, Silvia conheceu Dalila, e estudaram juntas até o fim do terceiro ano, planejaram quais roupas usariam e com que rapazes poderiam ficar. Na sala delas tinha uma garota peculiar que chamou a atenção de Silvia algumas vezes, por ser linda, nunca sair com nenhum garoto, ter uma inteligência rápida, ler muito, viver isolada e observar tudo e a todos, essa era Cássia.
O terceirão ficou uma loucura, especularam sobre vários tipos de festa de formatura que fariam, e decidiram alugar uma casa gigante e a festa de formatura seria regada a muita bebida, música, ficadas e "aditivos"... Dalila sempre se achou mais descolada que Silvia por ter transado e saído com vários rapazes, insistiu diversas vezes pra que a amiga se iniciasse sexualmente mas sem sucesso, "o momento certo" foi o que sempre ouviu de Sil.
A tão esperada formatura e comemoração chegou e logo após as formalidades os alunos e convidados, que não incluía os pais, foram pra casa que já decorada aguardava o início do "auê". Depois de algum tempo vários jovens já embalados, se pegavam pela casa, Cássia, como sempre a observar, percebeu Dalila deixando Silvia bem alta de bebida em um sofá e indo conversar com alguns jovens que apontando pra Sil e rindo, subiram as escadas que levavam pra alguns quartos. Dalila falou algo no ouvido de Silvia que após minutos sentada, sobe as escadas também, Cassia tomou uma, duas, três latinhas de cerveja, fuma alguns cigarros, e vê Dalila descer com um sorriso maligno no rosto sem a amiga. Desconfiando do que acontecia lá em cima, anda rápido e dá um esbarrão em Dalila e olha fundo nos olhos dela, e continua pela escada, entra em vários quartos e vários enganos, diversos casais transando até que de supetão entra num quarto e vê quatro marmanjos dando gargalhadas enquanto a linda Silvia amarrada e vendada na cama, chora, talvez de ódio, vergonha ou desespero com suas peças intimas rasgadas e suas roupas jogadas ao lado da cama.
- Então é assim!!! Filhos da puta, usam a colega dela e armam pra cima da garota, sumam da festa agora ou chamo a polícia...
Os rapazes saem pegando as roupas e correndo do quarto enquanto Cássia tenta acalmar a garota. Ficaram as duas até amanhecer no quarto e quando não ouviam nenhum barulho desceram e Silvia foi levada pra casa. Vários dias se passaram, Olga se preocupava pois a filha não saia de casa, mas pelo menos uma conhecida aparecia pra conversar com Silvia, Cassia. Elas descobriram as artimanhas de Dalila e conversavam horas, infelizmente o ogro do pai de Sil se irritou com as visitas e resolveu ir até o quarto da filha.
- Não vou denunciar ninguém Cássia, to tão triste que não tenho forças pra enfrentar mais um monte de preconceito e problemas...
Cássia senta na cama e bem próxima da nova amiga abaixa a cabeça e não sabe o que dizer. As duas eram lindas e naquele momento o sol brilhava entrando pela janela deixando a silhueta delas impressionante como numa fotografia de cinema, se abraçaram e quando perceberam que seus corações estavam disparados as duas lentamente vão se afastando mas com os rostos colados, param por segundos e Cássia segura com carinho o rosto de Silvia, que sente a respiração ofegante da amiga, as duas abrem os olhos e como se lessem a alma uma da outra, entregam-se a um beijo apaixonado ao ponto de não perceberem Cesar abrir a porta.
A amiga de Silvia é expulsa de casa e Silvia é espancada pelo pai, que ao acordar para o trabalho encontra Olga chorando na cozinha e lhe diz:
- Ficou uma carta pra mim e esse bilhete pra você...
Cesar abre o bilhete sem entender e Silvia lhe deixou escrito:
- É isso Cesar, fique com seu teatro de pão e circo, "cachaça, bunda e futebol"!!! Ahh!! e não deixe de dizer adeus pro seu amigo pinto, ou pênis, se achar melhor de entender seu idiota...
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